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Comissão de Direitos Humanos da Alerj acompanha os desdobramentos da operação policial no Complexo de Israel e questiona o governo do estado

Tiroteio deixou passageiro baleado e fechou a Avenida Brasil e estações de trens no Rio. Foto: Reprodução / redes sociais

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Alerj manifesta profunda preocupação com os desdobramentos da operação policial realizada nesta quinta-feira (24), no Complexo de Israel, Zona Norte do Rio. A ação resultou em pelo menos uma morte, cinco feridos e o fechamento de mais de dez escolas. A CDDHC acompanha, desde cedo, os impactos de mais uma operação sem o devido planejamento, que afeta negativamente a população de diversas localidades.

A operação, conduzida por três batalhões da PM e destinada a coibir roubos de veículos e cargas, resultou na prisão de apenas uma pessoa e na apreensão de duas granadas, apesar de todo o caos gerado. A Avenida Brasil foi fechada, linhas de trem interrompidas, e o direito de ir e vir de milhares de cidadãos prejudicado. Diante desse saldo, questionamos: o avanço da facção criminosa na região não foi percebido pelos gestores da segurança pública? Quais os resultados positivos de uma estratégia baseada exclusivamente no confronto?

“Mais uma vez, a falta de planejamento em operações desse tipo traz consequências trágicas para a população. Estamos novamente diante de uma tragédia anunciada.”, declarou a deputada Dani Monteiro, presidente da Comissão de Direitos Humanos. “Esses confrontos acabam sempre recaindo sobre a população, principalmente os trabalhadores, que vivem cercados pela violência. A vida de pessoas inocentes, que deveriam ser protegidas pelo Estado, continua sendo interrompida de forma brutal. É inadmissível que a segurança pública seja tratada de forma tão negligente, com operações que colocam toda uma comunidade em risco. Nossa solidariedade é com as famílias atingidas por mais essa tragédia.”, concluiu.

A CDDHC questiona ainda o montante de recursos públicos empregados em operações fadadas ao fracasso e a insistência do governo estadual em manter essa lógica belicista. O que será feito pelas vítimas de mais essa tragédia produzida pela incompetência estatal?

A Comissão seguirá acompanhando o caso e reforça a necessidade urgente de uma política de segurança pública baseada na preservação da vida e no respeito aos direitos humanos.

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