Com dois anos de mandato, Lula é aprovado por 35%, enquanto 34% desaprovam, indica Datafolha

Na série histórica, presidente só está à frente de Collor e Sarney, no mesmo período de governo

Após dois anos de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registra 35% de aprovação, enquanto 34% consideram sua gestão ruim ou péssima, segundo pesquisa Datafolha realizada em 12 e 13 de dezembro. Outros 29% avaliam o governo como regular. Esses números indicam estabilidade em relação ao levantamento de outubro, com uma oscilação dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Há um ano, a diferença entre ótimo/bom e ruim/péssimo era de 8 pontos.

Na série histórica, Lula está melhor apenas do que José Sarney (1987) e Fernando Collor (1992) neste ponto do governo. Quando comparado ao seu próprio primeiro mandato, o contraste é evidente: em 2005, Lula tinha 45% de aprovação e apenas 13% de reprovação. Dilma Rousseff (PT), sua sucessora, registrava 63% de ótimo/bom e 7% de ruim/péssimo em 2012, embora tenha enfrentado o impeachment em 2016.

A pesquisa aponta que fatores como a polarização política e o desgaste de um terceiro mandato impactam a avaliação. O recente período de internação de Lula para drenar um coágulo cerebral não alterou sua aprovação. No entanto, questões econômicas, como a alta do dólar após o anúncio do pacote fiscal de Fernando Haddad (Fazenda), refletem divisões. Entre os que conhecem o pacote, 46% aprovam Lula, e 40% desaprovam.

Lula é mais forte entre os mais pobres, menos instruídos e idosos

Aprovação e reprovação variam entre estratos sociais: o presidente é mais bem avaliado entre os mais pobres (44%), menos instruídos (53%), nordestinos (49%) e pessoas acima de 60 anos (46%). Já sua rejeição é maior entre a classe média que ganha de 2 a 5 salários mínimos (42%), evangélicos (43%), quem tem ensino superior (45%) e os mais ricos (49%).

No campo das expectativas, 38% acreditam que o restante do mandato será ótimo ou bom, enquanto 34% preveem um período ruim ou péssimo, e 25%, regular. Este é o pior nível de otimismo desde o início do governo, quando 50% eram otimistas e 21% pessimistas.

Com informações da Folha de S.Paulo

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