Jô Guimatães, Dilu Melo e Esther na inauguração do Coletivo com D. Esther/ Foto: Danilo Sérgio/Divulgação

Coletivo Artístico reúne sonhadoras em Nilópolis

novembro 28, 2017 /

Artistas, além de artesãos e profissionais ligados à gastronomia vegetariana, desde o mês de julho contam com um espaço em Nilópolis para divulgar seus trabalhos e formarem plateia não só no município como também na Baixada Fluminense.

Sob a gestão do casal Dilu Melo e Jô Guimarães, o Coletivo Artístico de Saberes Fazeres Populares Casa do Seu Francisco está em pleno funcionamento na Travessa Maria José, no final da Avenida Mirandela, em Nilópolis. Seu nome foi escolhido como forma de homenagear o pai da gestora, antigo morador do imóvel, que apoiava a filha em suas iniciativas ligadas ao ofício das artes sempre voltado para a cidadania e o desenvolvimento do ser humano.
Seu espaço físico é um atrativo a parte, pois sua fachada rústica nos faz lembrar os casarios típicos de uma cidade do interior e nos convida a entrar e admirar as peças de artesanato que compõem a decoração.

Desde a inauguração, o Coletivo já promoveu a apresentação de artistas locais como a cantora Fernanda Morais e Amarildo Silva, que encantou os público com sua releitura musical da obra de Guimarães Rosa além do Grupo Lado Alado .
“A cantora Fernanda Morais se apresentou duas vezes no Coletivo. Na primeira vez foi com seu parceiro Beto Rocha, dando o tom ao sarau ao nomeá-lo “Entardecer MPB” e foi ela que sugeriu que o nome do encontro. Um nome muito apropriado para o momento. Já a segunda vez foi um encontro lindo com o Grupo Lado Alado. O Coletivo contou com um público maravilhoso, que veio prestigiar esses artistas da região”, explicou Dilu.

No mês de outubro, o espaço foi movimentado por várias ações. e emplacou alguns projetos fixos como o Brechó de Moda de Reúso, Yoga em Nilópolis e aulas de dança de salão, em parceria com a Appai. Em novembro foi lançado o Gastronomia da Alma, um projeto voltado para a difusão da alimentação vegetariana.

Inaugurado em julho deste ano, o Coletivo promove ações culturais e de qualidade de vida

Uma agenda diversificada em 2018

Para 2018, o Coletivo pretende ampliar as parcerias e oferecer no espaço vivências ligadas ao movimento de mulheres do Sagrado Feminino como também promover exposições, oferecer oficinas de artes e implantar o brechó em tempo integral no espaço.
“Estamos montando uma programação para o ano que vem mais eclética. Já no mês de janeiro vamos trazer a Dança Circular no Coletivo. Será uma parceria com um grupo de mulheres de Paracambi, que estão há dois anos movimentando a cidade com suas ações voltadas para o empoderamento feminino. Também estamos organizando uma mostra fotográfica e é nossa intenção começar a utilizar o espaço para oficinas de artesanato e implantar um brechó funcionando diariamente. A meta é que o Coletivo esteja funcionando a pleno vapor em 2018 e que mais e mais pessoas ocupem o espaço com seus saberes”, adiantou o casal.

Coletivo tem o legado do Centro de Convivência Alma Barroca 

Uma visão geral do local de encontro do Coletivo

O Coletivo Artístico Casa do Seu Francisco possui em seu espaço um memorial dedicado à primeira inciativa de um grupo de artesãos e gestores, que participaram do Projeto Artesão do Senac, que no ano de 2000 estimulou esses profissionais a se organizarem como empreendedores, o Centro de Convivência, Artes, Cultura e Humanismo Alma Barroca.
Dilu lembra que o Centro de Convivência revolucionou o município nos oito anos de existência.
“O Alma Barroca foi uma iniciativa que mostrou para todos que é possível fazer arte coletiva e que se não há espaços públicos voltados para as manifestações culturais podemos ocupar espaços como as praças para proporcionar ao cidadão cultura e cidadania”, explicou Dilu Melo.

Paulo Cézar

PAULO CEZAR PEREIRA, também chamado de PC ou Paulinho da Baixada, aprendeu jornalismo nas redações de alguns principais veículos – rádios,jornais e revistas. Conheceu, como Repórter Especial do GLOBO, praticamente todos os estados brasileiros, as duas antigas Alemanhas antes da reunificação, Suiça, Austria, Portugal, França, Itália, Bélgica, Senegal, Venezuela, Panamá, Colômbia e a Costa Rica. É casado com Ana Maria e tem três filhas que já lhe deram cinco netos. Tem três paixões: a família, o jornalismo e o Flamengo. No passado, assessorou um governador, um senador, dois prefeitos e vários deputados. Comandou a área de Comunicação de Nova Iguaçu num total de 12 anos. Já produziu três livros : um para a Coleção Tiradentes, outro contando a evolução de Nova Iguaçu quando a cidade completou 170 anos, e o do jubileu de ouro da Diocese de Nova Iguaçu.