O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), informou nesta segunda-feira (16) que mais de 20 pessoas estão sendo investigadas por suspeita de envolvimento em incêndios criminosos nas unidades de conservação do estado.
Castro mencionou que espera que as prisões dos suspeitos ocorram ainda nesta semana. No entanto, ele preferiu não divulgar os possíveis motivos por trás das queimadas, mantendo o foco na investigação em andamento.
– Há, muito claramente, a ação humana em algumas queimadas dessas. Já temos investigação policial muito robusta nesse sentido. Alguns mandados já estão sendo buscados na Justiça. Gravações que mostram pessoas ateando fogo em incêndios criminosos. A gente espera que ao longo dessa semana já tenhamos prisões, inclusive em relação a isso – disse o governador, em entrevista coletiva.
Castro afirmou que 1.280 incêndios já foram extintos desde quinta-feira (12), o auge das queimadas no estado. Segundo o governador, já foram utilizados 308 mil litros da água no combate ao fogo. Ele disse que o pior cenário já passou.
– Não temos registro de incêndio em nenhuma unidade de conservação. No Corpo de Bombeiros temos 12 ocorrências em aberto com equipes já atuando. O pico foi no último dia 12 e estamos notando uma redução. O retrato de hoje é bem melhor do que o dos últimos dias”, disse ele.
Todas as 40 unidades de conversação do Rio de Janeiro, sendo 20 de visitação pública, permanecem fechadas temporariamente. A decisão foi tomada neste sábado (14) em meio aos incêndios florestais, que espalham durante o período de seca.
Castro disse esperar uma “certeza temporal mínima de cinco, seis dias” para que as unidades de conservação sejam reabertas.
O governador afirmou também que as restrições causadas pela crise hídrica em cidades da região metropolitana devem durar mais cerca de um mês. A estiagem tem afetado o abastecimento do sistema Imunana-Laranjal, que atende cerca de 2 milhões de pessoas em cidades como Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e alguns outros.
– A previsão é de que tenhamos um final de setembro ainda bem complexo. Uma primeira quinzena de outubro começando a melhorar e, já na segunda quinzena de outubro, esteja já uma normalidade mais efetivada para que a população não tenha restrições – afirmou Castro.
– Esperamos não ter falta alguma, por isso a aquisição de carros-pipa e diversas outras ações para que a gente possa diminuir a incidência na rede. […] Não queremos que essas pessoas tenham desabastecimento. Por isso estamos trabalhando para essa estiagem não criar uma crise hídrica.
Com informações da Folha de S. Paulo.