Chefe da Polícia Civil assumiu cargo um dia antes da morte de Marielle e teria garantido impunidade a Chiquinho Brazão

Marielle teria contrariado interesse da milícia, que pretendia ampliar seus domínios territoriais na Zona Oeste

Nomeado para a chefia da Polícia Civil em 13 de março de 2018, um dia antes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), o delegado Rivaldo Barbosa teria garantido ao deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) que lhe garantiria impunidade, segundo investigações citadas pelo g1. Rivaldo, Chiquinho e seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, foram presos neste domingo (24) como suspeitos de serem os mandantes da morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018.

Após o crime, Rivaldo Barbosa recebeu a família de Marielle e o atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo, que era seu amigo. Segundo Freixo, Barbosa prometeu empenho na investigação.

“É duro ouvir isso”, disse chorando a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ao saber que Rivaldo acobertou o crime. “Ele devia proteger a gente”, afirmou em entrevista à GloboNews.

“A maior surpresa nisso tudo foi o nome do Rivaldo. Minha filha confiava nele, no trabalho dele “, afirmou dona Marinete, mãe de Marielle.

Para Freixo, se essa versão é correta, o ex-chefe da Polícia Civil é “um monstro”. “Estou muito impactado com essa notícia”, afirmou Freixo.

Os agentes envolvidos na operação deste domingo estão cumprindo mandatos de busca e apreensão nas sedes do TCE e da Chefia de Polícia Civil do RJ, além da residência do delegado Giniton Lages, que chefiava a Delegacia de Homicídios do RJ na época do crime.

Segundo relatos do ex-policial militar, Ronnie Lessa – acusado de matar Marielle e que fez delação premiada – os mandantes fazem parte de um influente grupo político no Rio, com interesses que permeiam diversos setores do Estado. Marielle teria contrariado interesses de expansão territorial da milícia do Rio.

Com informações do g1

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