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Chacina de Acari: Brasil é condenado por desaparecimento de 11 jovens negros

Representantes do movimento "Mães de Acari". Foto: Anistia Internacional

Decisão foi publicada nessa quarta-feira (6), no site da Corte Interamericana

A Corte Interamericana responsabilizou o Brasil pelo sequestro de 11 jovens negros, moradores da Favela de Acari, na Zona Norte do Rio, e pelos homicídios de dois parentes que investigavam o caso. O crime aconteceu em julho de 1990 e ficou mundialmente conhecido como ‘Chacina de Acari’.

A decisão foi publicada nessa quarta-feira (6), no site da corte. Os magistrados concluíram que seis policiais militares uniformizados, supostamente integrantes de um grupo de extermínio, invadiram a casa onde os jovens estavam, localizada num sítio em Magé, na Baixada Fluminense, e levaram as vítimas em dois carros.

Até hoje, não se sabe sobre o paradeiro dos 11 jovens. A suspeita é que os garotos tenham sido assassinados pelo grupo de extermínio denominado “Cavalos Corredores”, que atuava na Baixada Fluminense na década de 90 e que era comandando por policiais militares do alto escalão do Batalhão de Rocha Miranda, Zona Norte do Rio.

Três anos após o crime, Edmea da Silva Euzebio, mãe de Luiz Henrique, uma das vítimas, e uma sobrinha dela, foram assassinadas na Estação de Metrô da Praça 11, na Região Central do Rio de Janeiro. Edmea era líder do grupo “Mães de Acari”, movimento formado pelas mães dos 11 jovens sequestrados. Ela foi morta pouco tempo depois de ter declarado perante uma autoridade judicial sobre a participação de policiais no desaparecimento dos jovens.

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