A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara negou, nesta terça-feira, o recurso do deputado Glauber Braga contra o processo que pode levar à cassação do seu mandato. Foi a primeira derrota de Glauber após encerrada a sua greve de fome iniciada pelo caso e encerrada na última semana. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, já afirmou que o prazo de 60 dias para que Glauber se defenda do processo de cassação será levado em consideração, antes de levar o caso a plenário. Com isto, ele garante que o tema não será votado neste semestre.
Mais uma vez, Glauber foi defendido pelos governistas. Tarcísio Motta pediu para que a CCJ adotasse dosimetria pertinente:
“O Conselho de Ética não pode inventar a pena que quiser para cada caso. O Código de Ética é taxativo. Glauber é acusado por uma agressão, precisamos olhar para o que motivou a agressão. É preciso haver proporcionalidade”, disse.
A defesa de Motta ainda cogita acionar o STF sobre o tema.
Lindbergh Farias também se manifestou.
“Glauber, hoje mesmo fui submetido a uma situação gerada pelo deputado Gilvan da Federal, que me chamou de todos os nomes e que quase me fez sentar ao seu lado. Existem situações de desequilíbrio, mas houve uma luz de Deus que me disse para não fazer nada, não o bater. O rapaz que o provocou quer construir uma carreira política em torno disso”, afirmou.
Glauber reiterou que seguirá com seus posicionamentos.
“Este deve ser meu último posicionamento até o caso ser levado a plenário. Mas, eu vou lutar com todas as minhas energias em defesa do mandato, denunciando o que deve ser denunciado. Salvar o mandato era o mais fácil, se eu vendesse a alma para tal. Bastava um acordo lá atrás, não fiz lá atrás e não farei hoje não, me dobro”, concluiu em sua defesa.
O parlamentar afirmou que vai percorrer os 26 estados em busca de apoio popular até a votação em plenário.
O processo que pode culminar na cassação de Glauber Braga agora será encaminhado ao plenário da Câmara, onde precisará de pelo menos 257 votos favoráveis para ser confirmado. Nos bastidores, há o reconhecimento de que o deputado enfrenta forte resistência entre seus pares — inclusive fora da oposição.
Com informações do Blog do Ricardo Bruno, do portal Agenda do Poder