O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, concedeu um prêmio de R$ 2,5 milhões aos policiais militares que apreenderam cerca de 500 fuzis entre agosto de 2023 e julho de 2024. A cerimônia de premiação ocorreu na sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope), com a presença de autoridades como o secretário de Segurança Pública, Victor César Carvalho, e o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Marcelo de Menezes Nogueira.
Durante o evento, Castro destacou a gravidade da presença de armas de guerra em áreas urbanas e lembrou que esse armamento não é produzido no Estado do Rio:
“Nós não podemos mais normalizar uma situação que é crítica. Seria crítica se fosse um, mas são 500. É 500 vezes crítica a situação da apreensão de um fuzil. Nós temos que deixar, parar de uma vez por todas, de achar que é normal, ou pior, de achar que nada tem sido feito. Não dá para isso passar, fazer parte do nosso cotidiano, não é parte do cotidiano. De uma sociedade ter armas de guerra circulando na sociedade. E parte da nossa indignação tem que ser dividida com aqueles que controlam as fronteiras do nosso país “, afirmou Castro: “Mais de 90% dessas armas não foram fabricadas no Brasil. Há de se dividir, sim, a responsabilidade. E aqui não estamos falando em culpa, estamos falando em responsabilidade. Não dá mais nem para a sociedade, nem para as autoridades, ficarem jogando isso nas costas dos bravos policiais”.
Ele reforçou a necessidade de indignação pública e cobrou responsabilidade de todos os níveis de governo, especialmente em relação ao controle das fronteiras do país.
Victor César Carvalho ressaltou a importância de um esforço conjunto para combater o tráfico de armas e a violência resultante. Ele enfatizou que essas armas, frequentemente em posse de criminosos em áreas com desordem urbana, representam um grande risco para os policiais e para a sociedade como um todo.
Prêmio de R$ 5 mil por fuzil apreeendido
O prêmio de R$ 2,5 milhões foi simbolizado por um cheque entregue aos policiais, conforme decreto assinado pelo governador em agosto de 2023, que determinava o pagamento de R$ 5 mil por cada fuzil apreendido. Castro afirmou que é essencial parar de considerar a presença dessas armas como algo rotineiro e chamou a atenção para a necessidade de ações mais enérgicas para enfrentar o problema de segurança pública no Rio de Janeiro.
Com informações de O Globo