Casos de bronquiolite têm alta de 34% no Rio de Janeiro

Levantamento do Centro de Inteligência da SES-RJ mostra aumento de solicitaçãoes por leitos para a doença | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro está alertando a população para o agravamento de casos de bronquiolite, após um levantamento do Centro de Inteligência em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) apontar que o número de solicitações por leitos para a doença cresceu durante o início e final do mês de maio.

Entre a semana epidemiológica 19, que vai do dia 5 ao dia 11 de maio, foram 94 pedidos, já na semana 21, que fica entre os dias 19 e 25 de maio, o número chegou a 126, o que significa um aumento de 34%.

Segundo especialistas, com a proximidade do período mais gelado do ano, a quantidade e a gravidade da doença costumam aumentar ainda mais.

“A bronquiolite é uma condição clínica causada pela inflamação do bronquíolo terminal, responsável pela troca gasosa e pela oxigenação. Quanto menor for a criança, mais grave pode ser o quadro de bronquiolite. Isso porque uma via aérea pequena pode ficar muito mais comprometida com secreção e inflamação. O que num adulto seria apenas um resfriado comum, pode causar sérios danos a um bebê, especialmente nos menores de um ano”, explica a pediatra da SES-RJ, Fernanda Fialho.

Alguns sinais em bebês podem servir de alerta, como prostração extrema, recusa alimentar, dificuldade para mamar e dificuldade para respirar.

O que é a bronquiolite

A bronquiolite pode ocorrer via diversos agentes infecciosos, como o vírus sincicial respiratório (VSR), o influenza, parainfluenza e adenovírus.

O VSR é o principal agente infeccioso da doença, e ainda não há vacina disponível para crianças.

Entretanto, a imunização contra a Influenza e Covid-19 está disponível nos postos de saúde e impacta positivamente na contenção e agravamento dos casos.

Leitos ampliados

Em Volta Redonda, na Baixada Fluminense, a SES-RJ ampliou a capacidade do Hospital Regional do Médio Paraíba Drª Zilda Arns Neumann, passando de 20 leitos para 35, todos do tipo UTI pediátrica. O número pode chegar a 40 leitos, a depender do aumento dos casos.

“Nosso monitoramento acontece 24 horas por dia, portanto, temos capacidade de detectar a piora ou melhora dos cenários rapidamente, ampliando a capacidade do Hospital Zilda Arns e, caso haja necessidade, abrindo leitos em outras unidades”, declarou a secretária de Estado de Saúde do Rio, Claudia Mello.

Além de monitorar os casos, a SES-RJ está promovendo capacitações para profissionais de saúde que atuam nas emergências das unidades da rede estadual e para médicos dos 92 municípios do estado que trabalham na Atenção Primária. Capacitações como esta ocorreram quando o Rio de Janeiro enfrentou uma crise em relação à Dengue, causada pelo mosquito Aedes aegypti, e pode causar febres, fortes dores e coceira.

Com informações da CNN e Agência Brasil

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