A Câmara dos Deputados confirmou nesta quarta-feira, por 277 votos a 129, a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Com a votação, Brazão permanecerá preso enquanto responde pelos dois assassinatos.
A votação causou apreensão entre governistas após deputados do União Brasil, PL, Republicanos e PP agirem para esvaziar a sessão de hoje e tentar impedir que a prisão tivesse os votos mínimos para ser mantida. Para manter a prisão, eram necessários não apenas uma vitória no plenário, mas que ela tivesse no mínimo 257 votos.
Em um dia marcado pela incerteza, parlamentares contrários à decisão da Casa apelaram ao espírito de corpo e a questões técnicas para se manifestar. O principal argumento foi a possibilidade de outros deputados ficarem vulneráveis à possibilidade de prisão preventiva.
Entre os partidos que mais apoiaram a soltura de Brazão estão o PL, que deu 71 votos pela liberdade do parlamentar. O União Brasil, que expulsou Brazão da sigla após sua prisão, deu 22 votos para que ele pudesse ser colocado em liberdade. O quórum da votação foi de 435 deputados, ou seja, 78 deputados se ausentaram da sessão. Além deles, outros 28 se abstiveram, isto é, marcaram presença mas não votaram, seja pela manutenção da prisão, seja pela soltura do deputado federal.
Com informações do O Globo