Após uma contaminação no Sistema Imunana-Laranjal que afeta mais de 2 milhões de pessoas, a concessionária Águas do Rio iniciou, na manhã desta sexta-feira (5), uma operação para abastecer unidades de saúde da Região Metropolitana do Rio. No momento, 10 caminhões-pipa já atravessaram a Ponte Rio-Niterói.
A previsão é que, ao todo, 32 caminhões sejam distribuídos para hospitais, clínicas e prontos socorros das cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Ilha de Paquetá.
Ainda segundo a Águas do Rio, nessa operação, duas balsas-tanque estão sendo utilizadas, sendo uma com 350 mil litros e outra com 450 mil litros para o abastecimento a partir da Ilha de Paquetá e São Gonçalo.
A concessionária reforça também que mesmo após a Cedae retomar o fornecimento de água tratada, a distribuição à população atingida será restabelecida gradativamente em 72 horas. Até o momento, não há previsão de normalização do abastecimento.
Contaminação
A paralisação do fornecimento começou na madrugada de quarta-feira (3), após a confirmação da presença da substância tóxica tolueno na área de captação. Nesta quinta-feira (4) o governo do estado reuniu uma força-tarefa para explicar o caso.
A substância é um hidrocarboneto aromático, inflamável, volátil, incolor e de odor característico altamente danoso à saúde se ingerido ou inalado. O composto é normalmente resultado da produção de gasolina e matéria-prima de solventes orgânicos em colas e tintas.
Por ora, a Cedae identificou que a contaminação veio de uma área da Baixada, em canais artificiais de drenagem de fazendas:Técnicos da companhia e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), além de agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) rastrearam as margens do manancial e localizaram o foco do problema em um ponto do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense. A ação está sendo realizada com helicópteros, embarcações e drones às margens dos rios Guapiaçu e Macacu.
Devido a contaminação, Policia Civil abriu inquérito para apurar os responsáveis pelo crime ambiental. Ainda na quinta (4) o Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) também cobrou informações da Cedae sobre as medidas adotadas diante da presença do poluente no manancial de captação de água do Sistema Imunana-Laranjal.
Com informações do O Dia