Cabral volta a ser interrogado em ação da Lava Jato e nega repasse de propina a Pezão

O ex-governador Sério Cabral alega que foi pressionado a confirmar pagamento e que foi alvo de tortura psicológica.

Após ter sua sentença anulada e retornar à primeira instância para um novo julgamento, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) foi interrogado nesta segunda-feira (20) nos processos da Lava Jato. Este foi o primeiro interrogatório desde que Cabral deixou a prisão.

O depoimento ocorreu no contexto de uma ação penal em que é acusado de repassar propina ao ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB), que já foi absolvido no caso.

Cabral, que chegou a ser condenado anteriormente, negou as declarações prestadas em fevereiro de 2020, afirmando que foram obtidas sob circunstâncias constrangedoras. Na ocasião, após fechar um acordo de delação com a Polícia Federal, ele confirmou o teor da denúncia, que indicava repasses mensais de R$ 150 mil a Pezão.

“É muito constrangimento, uma tortura psicológica, física. Fui levado a oito presídios. Prenderam a minha mulher. Entraram na casa da minha ex-mulher. Foram na casa do meu irmão. Tudo isso está em análise no CNJ [Conselho Nacional de Justiça]”, declarou Cabral.

Este foi o 30º interrogatório do ex-governador à Justiça Federal. Inicialmente, Cabral negava as acusações, mas dois anos após sua prisão, confessou os crimes. Atualmente, ele permanece em silêncio em relação às acusações.

Cabral está em liberdade desde dezembro de 2022, porém, enfrenta um passivo de 34 processos criminais, sendo 32 relacionados à operação Lava Jato. Ele é acusado de cobrar 5% de propina sobre os grandes contratos realizados durante sua gestão.

Com informações de Brasil 247 e Folha de S.Paulo

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