Brasil ocupa último lugar em pesquisa sobre capacidade de identificar fake news

Estudo da OCDE entrevistou mais de 40 mil pessoas em 21 países; Brasil teve o pior desempenho

O Brasil foi o país com o pior desempenho em uma pesquisa realizada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que mediu a capacidade das pessoas em identificar notícias falsas. Segundo informa o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, o levantamento foi feito com pouco mais de 40 mil pessoas, em 21 países.

A pontuação por países variou de 66% (Finlândia) a 54% (Brasil), sendo este número relativo ao percentual de pessoas que conseguiram identificar as fake news. Os entrevistados de todos os países identificaram que havia menos notícias verdadeiras do que falsas na pesquisa, com exceção de Brasil, Colômbia e Estados Unidos — o que, de acordo com os pesquisadores, revela que os habitantes desse locais tendem a acreditar mais em notícias falsas.

De acordo com a OCDE, a percepção geral da pesquisa foi a de que 60% das pessoas conseguem distinguir o que é informação verdadeira e falsa. Logo, o Brasil ficou 6 pontos abaixo da média.

O levantamento também esclareceu que a sátira foi a linguagem mais fácil de ser identificada como notícia falsa, apontada por 71% dos entrevistados; mas no Brasil apenas 57% conseguiram identificar a sátira como uma inverdade.

Além disso, mostrou-se que as redes sociais são o ambiente em que as pessoas mais têm dificuldades em identificar o que é verdade ou mentira. E que mesmo as redes sendo fonte de informação relevante para os entrevistados, 51% deles alegaram que não confiam nelas, contra 9% que disseram confiar muito.

Nos países da América Latina, incluindo Colômbia, México e Brasil, mais de 85% dos entrevistados alegaram que obtêm informações frequentes pelas redes.

A porcentagem de quem acredita mais nas redes foi a que teve o pior desempenho em distinguir se as notícias eram falsas ou não.

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