Bolsonaro quer usar mensagens da rede de Musk para contestar inelegibilidade na Justiça

Estratégia da defesa visa apresentar mensagens e e-mails trocados entre funcionários do antigo Twitter como “fato novo” no caso

A defesa de Jair Bolsonaro avalia incluir as mensagens de Elon Musk em ações que contestam a inelegibilidade do ex-presidente na Justiça, informa a colunista Bela Megale, do GLOBO.

O plano em análise consiste em apresentar as mensagens e os e-mails trocados entre os funcionários dos antigo Twitter que compõem os chamados “Twitter Files Brazil” como um “fato novo” no caso. A ideia é fazer um paralelo com o que houve no ano passado, quando a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi incluída na ação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou Bolsonaro inelegível.

O objetivo desse grupo é surfar na onda dos embates protagonizados entre Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em tese, a defesa usaria o material para questionar da decisão da Justiça Eleitoral.

A estratégia divide a defesa do ex-presidente. Advogados de Bolsonaro que atuam no TSE enxergam essa medida como “perigosa” e avaliam que precisa ser tratada com cautela, já que a corte é presidida pelo próprio Moraes. Para eles, é preciso ter acesso a todos os dados dos arquivos do Twitter, o “Twitter Files Brasil”, e analisá-los com lupa para depois tomar a decisão.

Os ataques do bilionário ao magistrado e as ameaças de não cumprir decisões judiciais no Brasil tem como estopim o “Twitter Files Brasil”. Há uma semana, o jornalista estadunidense Michael Shellenberger expôs no X, antigo Twitter, uma suposta troca de e-mails entre funcionários da plataforma com relatos de pressão de autoridades brasileiras.

Com base nesses e-mails, o jornalista acusa Alexandre de Moraes e o TSE de pressionarem a rede social para obter dados sigilosos de seus usuários, censurar postagens de parlamentares brasileiros e tentar usar políticas de moderação de conteúdo da plataforma contra apoiadores de Bolsonaro.

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