Baixada Fluminense registra quarta morte de pessoas ligadas à política em 11 dias

Michel Laeber Estevão, conhecido como Xexéu, era uma pessoa ativa na política de Duque de Caxias

Mais uma pessoa ligada à política foi assassinada na Baixada Fluminense. Assessor da Secretaria de Transportes da de Duque de Caxias, Michel Laeber Estevão, de 41 anos, conhecido como Xexéu, foi morto a tiros, na manhã desse sábado (22), próximo a sua casa, no bairro Amapá. A polícia procura pelos suspeitos de cometerem o crime.

Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada (DHBF) apuram se o assessor foi executado ou vítima de um assalto.

Filiado ao MDB, Xexéu também já foi assessor do ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, atual Secretário de Transportes do Estado.

Michel também já trabalhou como assessor do vereador Sandro Lelis, que lamentou a morte dele nas redes sociais. Ele é a quarta pessoa ligada a polícia assassinada a tiros na Baixada Fluminense em 11 dias.

Homicídio em Magé

Lili da Kombi foi morto a tiros na frente do bar em Magé

No último dia 20, o pré-candidato a vereador da cidade de Guapimirim, Livercino Marcelino dos Santos, conhecido como Lili da Kombi, foi assassinado a tiros na cidade de Magé.

Segundo testemunhas, o crime aconteceu em frente ao bar da vítima no bairro Saco. Livercino já havia sido candidato a vereador em 2012 e 2016, mas não ganhou as eleições. De acordo com amigos, o homem era uma forte liderança política na região.

O caso segue em investigação na DHBF.

Morte de mãe e filho em Nova Iguaçu

Mãe e filho, Juliana e Alexander foram mortos a tiros em Nova Iguaçu

No dia 15 deste mês, uma pré-candidata a vereadora de Nova Iguaçu e o filho foram assassinados. Juliana de Lira de Souza Silva, de 44 anos, e Alexander de Souza Gomes, de 27, estavam em um bar de Nova Iguaçu, quando foram executados.

Em uma publicação, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio, Deodalto José Ferreira, conhecido por Dr. Deodalto, lamentou a morte de Juliana, também conhecida como Nega Juh.

“Com muita tristeza pela trágica notícia, presto minha homenagem à minha grande amiga, Nega Juh, e ao seu filho, que nos deixaram de forma tão brutal. Negah Ju sempre foi minha parceira, uma guerreira incansável que dedicou sua vida ao serviço da comunidade. Agradeço por tudo que fizeram por mim e por tantos outros. Que a memória e o legado de vocês permaneçam vivos em nossos corações. Descansem em paz, queridos amigos”, comentou.

Assassinato de irmãos em Seropédica

Os irmãos Everton Damião Sá Passos Nascimento Junior e Kauã Marinho Nascimento

E no último dia 11, os dois filhos da pré-candidata a vereadora de Seropédica, Shirley Marinho. Everton Damião Sá Passos Nascimento Junior, de 18 anos, e Kauã Marinho Nascimento, de 20, foram executados a tiros num condomínio, que fica no mesmo município.

Ao jornal O Dia, Shirley relatou que a família estava dormindo quando foi acordada com barulhos de sirenes e gritos de homens dizendo ser policiais e chamando por Everton, também conhecido como Juninho. Assustado, um dos filhos de Shirley foi até a entrada da casa, onde viu viaturas semelhantes às da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e homens encapuzados.

Os homens seguiram chamando Everton, dizendo que todos iriam para a delegacia. Assustada, Shirley correu para uma mata, em direção à casa de Kauã, onde iria tentar se esconder. Ao chegar perto da residência, ouviu tiros vindos. “Eu falei: ‘Deus não, por favor, não, não é possível’. Eu comecei a gritar dentro do mato, não acreditava no que estava acontecendo”.

A pré-candidata contou que a família foi criada em Seropédica e é muito ativa na comunidade, onde realiza diversos projetos sociais. “Não tínhamos rivalidade, não tínhamos problema com ninguém, eu estou sem entender o que aconteceu, estou confusa. Meus filhos eram muito queridos, está o condomínio todo de luto”, desabafou a mãe.

Confusa, a família busca respostas para entender as motivações do crime. “Que eu saiba, não tenho inimigos para poder chegar a esse ponto. Eu pedi para me matar na hora se matassem meu filho”, disse.

Anos atrás, Shirley já havia perdido um outro filho, mais velho, também assassinado, após um desentendimento com a ex-mulher, mãe das filhas do homem. Na época, ela contou que Everton e Kauã a deram forças para continuar a vida.

Com informações dos portais Itatiaia e O Dia

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