Azul enfrenta crise e estuda recuperação judicial nos EUA para lidar com dívida: valor de ações desaba

Empresa estuda emitir novas dívidas através de sua unidade de carga e acelerar a fusão com a Gol

As ações da Azul sofreram uma queda acentuada de mais de 25% durante o pregão desta quarta-feira (28), levando à interrupção temporária das negociações na Bolsa de Valores. Às 11h22, os papéis da companhia estavam cotados a R$ 5,40, uma baixa de 25,52%. Em Nova York, as ADRs da Azul caíram 26,5%, sendo negociadas a US$ 2,82 às 12h30 no horário de Brasília.

De acordo com a Bloomberg, a Azul está explorando diversas opções para lidar com suas dívidas de curto prazo, incluindo uma potencial oferta de ações ou até mesmo um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, sob o “Chapter 11”.

Apesar de considerar essa possibilidade, a Azul prefere evitá-la e está trabalhando com o banco Citi em uma possível emissão de ações e como consultor para um possível acordo de fusão com a Gol.

A empresa também estuda emitir novas dívidas através de sua unidade de carga e acelerar a fusão com a Gol, o que poderia melhorar sua posição frente aos credores ao criar uma companhia combinada com menor endividamento e melhores perspectivas de crescimento. No entanto, esta estratégia é vista como menos viável devido às necessidades urgentes de liquidez da Azul e aos seus resultados financeiros fracos.

Outras companhias aéreas da América Latina, como Avianca, Latam e Aeromexico, já passaram por processos de recuperação judicial nos EUA em 2020. A Gol também entrou com um pedido de Chapter 11 recentemente para lidar com seus passivos de curto prazo.

O BTG Pactual rebaixou a classificação das ações da Azul de “compra” para “neutra” no último dia 12 de agosto, citando os desafios de endividamento e a alta alavancagem da empresa, que alcançou 4,5 vezes no segundo trimestre. O banco também reduziu o preço-alvo da ação de R$ 33 para R$ 17.

Com informações de O Globo

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