Araruama pode ter só mulheres disputando prefeitura

São quatro pré candidatas, quadro raro na política brasileira

Numa situação rara no cenário político brasileiro, Araruama pode ter só mulheres disputando a prefeitura da cidade em outubro. Pelo menos este é o cenário que está sendo traçado até o momento para a sucessão da prefeita Livia de Chiquinho (Republicanos), que não pode concorrer à reeleição por estar no segundo mandato.

A cidade tem quatro pré-candidatas à Prefeitura: a vereadora Penha Bernardes (PL),  que está no segundo mandato e é oposição ao governo municipal; Daniela de Lívia (MDB), ex-secretária municipal de Governo e prima da prefeita Lívia de Chiquinho; a empresária Verônica Januário (Avante); e a Professora Fernanda Pinto (PSB), que já foi intrgrante do governo de Lívia.

Daniela conta com o apoio do Republicanos, enquanto Penha recebe o respaldo do União Brasil e do PDT. A provável polarização entre as duas candidatas, que são apoiadas por figurões da política estadual e nacional, tenta ser quebrada pelas outras pré-candidatas. Verônica Januário conta com o apoio do ex-vice-prefeito Marcelo Amaral, do ex-vereador Rone Rossy e do deputado estadual Jorge Felippe Neto (Avante). Já a Professora Fernanda Pinto tenta se colocar como a cara nova na política local.

Caso o cenário se confirme nas convenções partidárias, será a primeira vez que Araruama terá só mulheres disputando a prefeitura.  Em 2020 eram duas mulheres e quatro homens;  Livia de Chiquinho foi reeleita com 63,34% dos votos. A outra candidata, Herika da Virtuosa (PSL), ficou na quarta colocação com 4,12% dos votos. Em 2016, quando Lívia De Chiquinho foi eleita no primeiro mandato, com 86,13% dos votos, ela foi a única mulher contra quatro homens.

O quadro em Araruama é realmente raridade na política brasileira. Em 2020 só 33 cidades do país – a maioria (22) no Nordeste – tiveram apenas candidatas mulheres  concorrendo às prefeituras, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O número representa 0,6% dos municípios brasileiros. Comparando-se aos locais onde eram apenas homens como candidatos, a disparidade foi enorme: em 62% das cidades, somente eles disputaram a prefeitura. No total, foram eleitas 651 prefeitas (12,1%), contra 4.750 prefeitos (87,9%). 

Com informações da Agenda do Poder

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