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Após nova reunião inconclusiva sobre corte de gastos, governo marca outro encontro para esta sexta (8)

Anúncio sobre medidas fiscais pode ficar para a próxima semana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou nesta quinta-feira (7) uma nova reunião com ministros para discutir o pacote de medidas fiscais, com retomada do encontro prevista para a tarde de sexta-feira (8). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as propostas já estão finalizadas, faltando apenas o ajuste de “detalhes”.

Embora Haddad não tenha divulgado o conteúdo das medidas, revelou que serão encaminhados ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei complementar. Lula deve apresentar as propostas pessoalmente aos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, respectivamente.

Governo desmente que cortes possam chegar a R$ 15 bi

A CNN Brasil informou que cortes de gastos do governo poderiam atingir de R$ 10 a R$ 15 bilhões, mas o Ministério da Fazenda negou a veracidade dos números em nota oficial. Ainda sem confirmação de valores exatos, o governo trabalha para finalizar as propostas e definir a data de divulgação, que pode ocorrer apenas na próxima semana.

Haddad mencionou que o presidente Lula envolveu todas as pastas nas discussões para buscar consenso, com o objetivo de chegar a uma proposta “em linha com as contas do Tesouro Nacional”.

Algumas propostas ainda encontram resistência dentro do governo, especialmente em relação a possíveis mudanças em benefícios trabalhistas e previdenciários, mas a equipe econômica busca alinhar as medidas com o “custo-benefício político” para aumentar as chances de aprovação no Congresso.

O pacote é uma tentativa de controlar os gastos públicos e estabilizar a dívida, mas Lula reforçou que a iniciativa não deve ser encarada como “rendição ao mercado financeiro”.

Internamente, há a percepção de que o governo está sob constante crítica, independentemente das ações tomadas, e qualquer erro poderia comprometer a gestão. Dessa forma, a equipe foi orientada a ser rigorosa nos cálculos, pois eventuais falhas poderiam causar sérios problemas políticos e jurídicos.

Com informações de IstoÉ Dinheiro

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