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Acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza: Hamas liberta quatro jovens militares israelenses e 75 prisioneiros palestinos são libertados

Quatro militares das Forças Armadas de Israel (FDI) foram libertadas pelo Hamas neste sábado, como parte do acordo de cessar-fogo negociado pelo Estado judeu e o grupo terrorista com a ajuda de mediadores internacionais. Ao fim de 477 dias em cativeiro, as jovens Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag foram entregues à Cruz Vermelha. Elas foram transportadas de volta ao Estado judeu por militares israelenses.

Israel libertou hoje (25) os primeiro 70 prisioneiros palestinos como parte do acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas, de acordo com a agência de notícias Associated Press. Outros 130 prisioneiros ainda devem ser libertados hoje.

Assim que as quatro reféns israelenses foram soltas pela manhã, ônibus com os prisioneiros foram avistados saindo da prisão militar de Ofer, na parte ocupada da Cisjordânia, e de Ktziot, no deserto de Neguev.

Entre os 200 prisioneiros, estão 120 pessoas que cumprem penas de prisão perpétua após serem condenados por ataques mortais.

Segundo o grupo terrorista, 70 deles serão deportados ou exilados. Essa leva não poderá retornar à Faixa de Gaza ou à Cisjordânia, segundo a Qahera TV, emissora estatal do Egito, e foi libertada na fronteira egípcia de Gaza com Rafah.

Reféns israelenses sendo entregues pelo Hamas para uma equipe da Cruz Vermelha, na Cidade de Gaza — Foto: AFP/Omas Al-Qattaa

Israel calcula que cerca de um terço, ou mesmo metade, dos mais de 90 reféns que ainda se encontram em Gaza tenha morrido.https://d-6972445412262822838.ampproject.net/2501101900000/frame.html

O Hamas não forneceu números definitivos sobre os prisioneiros ainda vivos ou os nomes dos que morreram, mas espera-se que divulgue mais informações sobre os restantes 26 reféns que deverão ser libertados nas próximas semanas.

Conheça quem são as jovens

Liri Albag, Daniella Gilboa, Karina Ariev e Naama Levy foram indicadas como as próximas reféns israelenses a serem libertadas da Faixa de Gaza pelo Hamas — Foto: Divulgação/Bring Them Home Now

Liri Albag (19 anos)

Liri Albag tinha 18 anos quando foi sequestrada. Conforme relatado pelo jornal The Jerusalem Post em julho, ela conseguiu passar mensagens aos seus entes queridos por meio de reféns libertados, nas quais pedia à sua irmã Shai que não cancelasse a viagem tradicional após o serviço militar (uma tradição israelense). E acima de tudo, não toque nos sapatos favoritos delas.

De acordo com outros depoimentos de ex-reféns, relatados à imprensa por seus pais, ela era forçada a cozinhar, limpar e cuidar dos filhos de seus captores. Liri Albag apareceu em um vídeo de 3 minutos e 30 segundos divulgado pelo Hamas em janeiro. Shira e Eli Albag, seus pais, são muito ativos na mobilização para exigir a libertação dos reféns.

Karina Ariev (20 anos)

Pouco antes de seu sequestro, Karina Ariev, então com 19 anos, estava ao telefone com seus pais enquanto foguetes caíam e militantes atacavam a base. O contato cessou às 07:40.

“Ela nos pediu para seguir com nossas vidas” se ela morresse, disse sua irmã Sasha em uma entrevista à revista Time.

O vídeo de sua captura mostra que a jovem soldada foi ferida em 7 de outubro. Ela apareceu em janeiro de 2024 em um vídeo postado pelo Hamas na rede social Telegram, ao lado de Daniella Gilboa.

De acordo com o Hostage Families Forum, ela “sonha em se tornar psicóloga”.

Daniella Gilboa (20 anos)

Na manhã de 7 de outubro de 2023, Daniella Gilboa, também com 19 anos na época, estava em contato com seus entes queridos e enviando vídeos para o namorado. Mais tarde, ela foi identificada em vídeos do Hamas graças às roupas que usava nas imagens.

Natural de Petah Tikva, perto de Tel Aviv, a jovem é “uma musicista apaixonada (que estuda) piano e canto” e estava decidida a seguir uma carreira musical, de acordo com o Family Forum.

Naama Levy (20 anos)

Em um vídeo de sua captura divulgado pelo Hamas, Naama Levy, então com 19 anos, é escoltada até um veículo, vestindo calças que parecem estar manchadas de sangue. A soldada, neta de sobreviventes de campos de concentração, aparece com o rosto inchado em outras imagens.

De acordo com um site criado por seus parentes, Naama Levy, a segunda de uma família de quatro filhos, cresceu na Índia, onde estudou em uma escola americana. Quando criança, ela participou do programa Mãos da Paz, que promove o diálogo entre jovens israelenses e palestinos.

*com informações do G1 e da Globo News

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