Índice Firjan de Desenvolvimento: em “estado crítico”, Belford Roxo é a pior cidade do Rio; Búzios a melhor da Região dos Lagos

Belford Roxo, na Baixada Fluminense, é a única avaliada em ‘estado crítico’

O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) de 2023, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), escancarou as disparidades entre os municípios fluminenses. Embora o estado tenha apresentado avanço médio de 14,2% em relação a 2013 — superando a média nacional —, os extremos do ranking mostram realidades bastante distintas.

Na lista das dez piores colocações, cinco municípios da Baixada Fluminense ocupam posições críticas. Belford Roxo aparece como o pior desempenho do estado, com índice considerado em estado crítico, sendo o único município fluminense abaixo da nota 0,4, que representa desenvolvimento crítico segundo a escala do IFDM. Também figuram no fim da lista: Japeri, São Gonçalo, Nova Iguaçu, e Queimados.

Confira os 10 piores municípios do Rio de Janeiro segundo a Firjan:

  1. Varre-Sai
  2. Cardoso Moreira
  3. Duas Barras
  4. São Francisco do Itabapoana
  5. São João de Meriti
  6. Queimados
  7. Nova Iguaçu
  8. São Gonçalo
  9. Japeri
  10. Belford Roxo

Apesar do cenário preocupante em diversas regiões, a Região dos Lagos se destacou positivamente no levantamento. O município de Armação de Búzios alcançou a melhor colocação regional, com IFDM de 0,7068, índice considerado de desenvolvimento moderado. O destaque ficou por conta do indicador de Emprego & Renda, no qual Búzios atingiu 0,8947 pontos, o terceiro melhor resultado do estado.

Além disso, o município avançou 12 posições no ranking estadual, subindo da 24ª para a 12ª colocação, consolidando-se como referência de desenvolvimento socioeconômico no interior do Rio.

Já o município de São Pedro da Aldeia foi o único da região a registrar desenvolvimento baixo, com IFDM de 0,5792, ocupando a última posição entre os municípios da Região dos Lagos e Baixada Litorânea.

Para o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, o estudo é fundamental para diagnosticar desigualdades e orientar políticas públicas:

“É inadmissível que ainda hoje, apesar da melhoria nos últimos anos, a gente tenha um Brasil tão desigual […] As cidades críticas têm, em média, mais de duas décadas de atraso em relação às mais desenvolvidas do país.”

O IFDM é calculado com base em dados oficiais dos ministérios da Educação, Saúde e Trabalho, avaliando anualmente o nível de desenvolvimento dos municípios em uma escala de 0 a 1. Acima de 0,8 representa alto desenvolvimento; entre 0,6 e 0,8, moderado; de 0,4 a 0,6, desenvolvimento baixo; e abaixo de 0,4, desenvolvimento crítico.

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