A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (25), Douglas Fernando Lúcio da Silva, de 33 anos, conhecido como Doguinha, suspeito de balear o copiloto de um helicóptero da corporação durante uma operação contra roubos a vans na comunidade Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio. Ele foi localizado no bairro de Santíssimo, região próxima ao local do ataque.

Segundo os agentes, Douglas é considerado o braço armado de José Rodrigo Gonçalves Silva, o Sabão, chefe do tráfico de Senador Camará, Rebu, 48 e Coreia, na Zona Oeste do Rio. As investigações indicam que Doguinha participou diretamente do tiroteio que atingiu o policial.
Contra o suspeito havia um mandado de prisão por tráfico de drogas pendente desde 2020. Participaram da prisão os agentes da 17ª DP (São Cristóvão), 33ª DP (Realengo) e a Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter).
Na ocasião do ataque, o copiloto Felipe Marques Monteiro conduzia uma aeronave da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Ele passou por cirurgia no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon. Depois, foi transferido para o Hospital São Lucas, em Copacabana.
Imagens que circularam nas redes sociais mostram a intensidade dos disparos contra o helicóptero. Veja:
Piloto da Polícia Civil é baleado durante operação na Vila Aliança, na Zona Oeste. Em imagens é possível ver a intensidade dos tiros em direção a aeronove.
Reprodução/ Redes Sociais pic.twitter.com/70i002KFdI
— Jornal O Dia (@jornalodia) March 20, 2025
Quadrilha causou prejuízo milionário
A operação que resultou no ferimento do policial tinha como alvo uma quadrilha especializada em roubo e desmanche de veículos, com atuação concentrada na Zona Oeste. Seis pessoas foram presas na ocasião.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso atuava de forma altamente organizada, com funções divididas entre batedores, assaltantes, receptadores e desmanchadores. O líder do bando foi flagrado coordenando ações, indicando alvos e negociando veículos roubados em conversas interceptadas pela investigação.
Ainda segundo os investigadores, a atuação da quadrilha causou um prejuízo estimado em mais de R$ 5 milhões ao setor de transporte turístico no estado apenas em 2024.