O sonho dos moradores de Vila de Cava de irem a Tinguá ( Nova Iguaçu) de bicicleta pela RJ 111 está interrrompido desde o final do ano passado, quando a empresa contratada pelo governo estadual decidiu romper o contrato com a Secretaria de Cidades logo após as eleições de 6 de outubro. O estado anuncia agora uma nova licitação para o projeto e decidiu que caberá à Fundação DR-RJ administrar a obra quando ela for retomada. Tudo isso significará mais burocracia, mais dinheiro e mais tempo para o desenvolvimento de uma região que há anos sonha em ser referência de turismo ecológico.
-Bairros de Iguaçu Velho, Marambaia, Parque Estoril, Montevidéu e aqueles que gostam de praticar atividades esportivas na RJ-111 serão benediciados. Esta será a maior cinclovia do nosso estado, com onze quilômetros – diz Cezinha Sarte, morador de Tinguá.
Itaboraí e São Gonçalo promovem alternativas sustentáveis de transporte para os moradores
Diante do crescente desafio frente aos eventos climáticos extremos, o Governo do Estado do Rio de Janeiro se empenha em preparar suas cidades para um futuro mais sustentável. Um exemplo dessa preocupação é a implementação de mais de 30 km de ciclovias na Região Metropolitana, em projetos da Secretaria das Cidades que tem o objetivo de transformar a mobilidade urbana. A iniciativa alcança os municípios de Itaboraí e São Gonçalo.
Um dos projetos destacados é o da Avenida 22 de Maio, em Itaboraí, que conta com um investimento superior a R$ 264 milhões, beneficiando diretamente cerca de 225 mil moradores. As obras incluem pavimentação, reurbanização, drenagem, sinalização viária e arborização, e abrangem a implantação de 9,6 km de ciclovias. Além disso, o projeto contempla áreas de lazer e esportes, como uma quadra de vôlei de areia e espaços dedicados ao futmesa, juntamente com a construção de um lajão sobre a via. Ao todo, cinco bairros e 16 vias serão integrados.

O estudante Luís Eduardo Melo, de 17 anos, do bairro Retiro São Joaquim, em Itaboraí, é um dos moradores que se beneficiam da nova ciclovia. Ele utiliza a bicicleta para se deslocar pelo centro da cidade e destaca a importância dessa infraestrutura para a mobilidade urbana.
– Usar a bicicleta para me locomover é fundamental. Ter ciclovias melhora a mobilidade e incentiva a prática de esportes na cidade – afirma.
Na cidade vizinha, São Gonçalo, dois projetos significativos também preveem a construção de ciclovias. O MUVI (Mobilidade Urbana Verde Integrada) é um deles, com um investimento superior a R$ 310 milhões. Essa parceria entre a Prefeitura de São Gonçalo e o Governo do Estado terá 18 km de extensão, que já conta com alguns trechos liberados para o público, e ao término das obras, ligará Guaxindiba a Neves, passando por mais de 18 bairros e incorporando ciclovias, áreas de convivência e espaços arborizados. Além disso, serão instalados 76 bicicletários em seis pontos estratégicos.
Outro projeto, a Ciclorrota, contará com um investimento superior a R$ 12 milhões e prevê a construção de 4,4 km de pista sinalizada e exclusiva para ciclistas, ligando o bairro Raul Veiga à Praça Getúlio Vargas, no Rocha. Essa iniciativa também inclui novos calçamentos e áreas verdes, promovendo convivência comunitária.