Após oito anos, a colombiana Shakira está de volta ao Brasil para o lançamento da turnê do seu novo disco “Las mujeres ya no lloran” — em tradução livre “As mulheres já não choram”. A matilha carioca, que não curtia um show da cantora desde 2011, teve a oportunidade de ver a primeira das 44 apresentações que acontecerão pelo mundo a partir desta terça-feira (11).
Assim que entrou no palco, acompanhada de 80 fãs — escolhidos por um site —, Shakira notou um problema técnico. O espetáculo precisou ser paralisado por quase 5 minutos. A essa altura, milhares de pessoas (a organização não divulgou o número do público pagante) ovacionavam a cantora no Estádio Nilton Santos, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Após o problema ser resolvido, a Loba, como é chamada pelos fãs, abriu o show com a eletrônica “La Fuente”. A música faz parte do novo disco, vencedor de melhor álbum pop latino no Grammy 2025. O projeto gira em torno do fim do relacionamento de 11 anos com o jogador de futebol espanhol Gerard Piqué, que hoje ela chama de “Voldemort”.
Na sequência, Shakira cantou “Girl Like Me”, que menciona vários países da América Latina.
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Depois, o seu primeiro hit de sucesso “Estoy Aquí” foi cantado em uníssono pelo público. Entre uma música e outra, Shakira lembrava que o Brasil havia lhe recebido “de braços abertos quando ainda era uma criança”.
“Esse é o verdadeiro encontro entre sua lobinha com a alcateia”.
Ela se sentiu à vontade de trazer ao palco a sua raiva visceral e um coração partido, mas com muito requebrado. No medley “Copa Vaciía”/ “La Bicicleta”/ “La Tortura”, o telão em 3D fez o palco transbordar de água enquanto a artista elevava a temperatura do show com sua dança do ventre característica, retomando sua origem libanesa.
Em “Chantaje”, Shakira se despiu – literalmente. Pelo telão, a artista levou o público ao seu camarim para acompanhar a troca de roupa. Quando subiu ao palco, os fãs foram levados para a origem da artista, que fez uma versão do hit de 2016 com Maluma ainda mais regada de cumbia, ritmo típico da Colômbia.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/O/I/q5QIPBQIWrZ4lGz8Z44A/dsc00831.jpg)
Em seu discurso antes da música “Soltera”, citou a visão machista da sociedade em relação às mulheres. “Tem música que vem para nos curar. Lembro que na infância o homem que não se casava era chamado de ‘Solteiro de ouro’. Eu sou solteira. Somos muitas. Você pode ser feliz casada ou solteira, mas sendo livre. O mais bonito é o amor próprio”.
A música “Última”, do novo projeto, foi o momento em que Shakira se apresentou mais vulnerável. Ao som apenas de um piano, a artista agradeceu ao ex-marido pelos momentos que viveram e cantou a necessidade de estar sozinha devido às diferenças.
“É mais fácil mesclar a água e o azeite”.
“Ojos Así”, hit de 1998, começou com mais um problema de som, expondo o playback de Shakira – provavelmente porque seria a música em que mais dançaria. A artista, que hoje tem 48 anos, ainda desperta a mesma sensação: quem não assistia a seus clipes e não tinha vontade de dançar como ela?
Em seguida, em um momento de intimidade com o público, presenteou os fãs com uma canção que costuma ninar os filhos Milan e Sasha: “Mama África”, de Chico César.
“Vocês são o melhor público do mundo, por isso tenho um presente”.
Com uma mistura de pop, reggaeton, bachata e afrobeats, a colombiana deixou claro no palco que é graças a ela que hoje existe uma nova geração de artistas de língua espanhola, como Bad Bunny, Rosalía, Karol G ou até mesmo Anitta. Lá em 2001, com o álbum “Laundry Service”, a garota de Barranquilla abalou o pop, criando um modelo bilíngue que outrora era dominado apenas pelo inglês.
Mas o primeiro show da turnê “Las mujeres ya no lloran” mostrou que o público comprou a história do término, cantando toda a letra da faixa “BZRP Music Sessions #53”, mas não quis ir tão a fundo para saber os pormenores do coração partido de Shakira — e não conheciam a maioria das músicas do novo projeto. Preferiram se ater à discografia da cantora e vibrar nos hits mais icônicos, como “Hips Don’t Lie”, “Whenever, Wherever”, “Waka Waka” (This Time for Africa) e “She Wolf”.”
Shakira faz a próxima apresentação em São Paulo, na quinta (13), no estádio Morumbis.
Veja o setlit abaixo:
- “La Fuerte”
- “Girl Like Me”
- “Las de la Intuición / Estoy Aquí”
- “Empire/ Inevitable”
- “Te Felicito/TQG”
- “Acróstico”
- “Copa Vacía”/ La Bicicleta”/”La Tortura”
- “Hips Don’t Lie”
- “Chantaje”
- “Monotonía”
- “Addicted to You”
- “Loca”
- “Soltera”
- “Cómo dónde y cuándo”
- “Última”
- “Ojos Así”
- “Pies Descalzos, Sueños Blancos”
- “Mama África (Chico César cover)”
- “Antología”
- “Poem to a Horse”
- “Objection” (Tango)
- “Whenever, Wherever”
- “Waka Waka” (This Time for Africa)
- “She Wolf”
- “BZRP Music Sessions #53 (Bizarrap & Shakira cover)”
Com informações do G1