Shakira abre turnê mundial no Rio com show de emoções, hits e confissões sobre o coração partido

Shakira apresenta primeiro show da turnê "Las Mulheres ya no lloran world tour" no Rio | Foto: Victor Chapetta/AgNews

Após oito anos, a colombiana Shakira está de volta ao Brasil para o lançamento da turnê do seu novo disco “Las mujeres ya no lloran” — em tradução livre “As mulheres já não choram”. A matilha carioca, que não curtia um show da cantora desde 2011, teve a oportunidade de ver a primeira das 44 apresentações que acontecerão pelo mundo a partir desta terça-feira (11).

Assim que entrou no palco, acompanhada de 80 fãs — escolhidos por um site —, Shakira notou um problema técnico. O espetáculo precisou ser paralisado por quase 5 minutos. A essa altura, milhares de pessoas (a organização não divulgou o número do público pagante) ovacionavam a cantora no Estádio Nilton Santos, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Após o problema ser resolvido, a Loba, como é chamada pelos fãs, abriu o show com a eletrônica “La Fuente”. A música faz parte do novo disco, vencedor de melhor álbum pop latino no Grammy 2025. O projeto gira em torno do fim do relacionamento de 11 anos com o jogador de futebol espanhol Gerard Piqué, que hoje ela chama de “Voldemort”.

Na sequência, Shakira cantou “Girl Like Me”, que menciona vários países da América Latina.

Bandeira do Brasil durante a música 'Girl Like Me', de Shakira — Foto: Stephanie Rodrigues/g1
Bandeira do Brasil durante a música ‘Girl Like Me’, de Shakira — Foto: Stephanie Rodrigues/g1

Depois, o seu primeiro hit de sucesso “Estoy Aquí” foi cantado em uníssono pelo público. Entre uma música e outra, Shakira lembrava que o Brasil havia lhe recebido “de braços abertos quando ainda era uma criança”.

“Esse é o verdadeiro encontro entre sua lobinha com a alcateia”.

Ela se sentiu à vontade de trazer ao palco a sua raiva visceral e um coração partido, mas com muito requebrado. No medley “Copa Vaciía”/ “La Bicicleta”/ “La Tortura”, o telão em 3D fez o palco transbordar de água enquanto a artista elevava a temperatura do show com sua dança do ventre característica, retomando sua origem libanesa.

Em “Chantaje”, Shakira se despiu – literalmente. Pelo telão, a artista levou o público ao seu camarim para acompanhar a troca de roupa. Quando subiu ao palco, os fãs foram levados para a origem da artista, que fez uma versão do hit de 2016 com Maluma ainda mais regada de cumbia, ritmo típico da Colômbia.

Shakira em apresentação única no Rio de Janeiro — Foto: Stephanie Rodrigues/g1
Shakira em apresentação única no Rio de Janeiro — Foto: Stephanie Rodrigues/g1

Em seu discurso antes da música “Soltera”, citou a visão machista da sociedade em relação às mulheres. “Tem música que vem para nos curar. Lembro que na infância o homem que não se casava era chamado de ‘Solteiro de ouro’. Eu sou solteira. Somos muitas. Você pode ser feliz casada ou solteira, mas sendo livre. O mais bonito é o amor próprio”.

A música “Última”, do novo projeto, foi o momento em que Shakira se apresentou mais vulnerável. Ao som apenas de um piano, a artista agradeceu ao ex-marido pelos momentos que viveram e cantou a necessidade de estar sozinha devido às diferenças.

“É mais fácil mesclar a água e o azeite”.

“Ojos Así”, hit de 1998, começou com mais um problema de som, expondo o playback de Shakira – provavelmente porque seria a música em que mais dançaria. A artista, que hoje tem 48 anos, ainda desperta a mesma sensação: quem não assistia a seus clipes e não tinha vontade de dançar como ela?

Em seguida, em um momento de intimidade com o público, presenteou os fãs com uma canção que costuma ninar os filhos Milan e Sasha: “Mama África”, de Chico César.

“Vocês são o melhor público do mundo, por isso tenho um presente”.

Com uma mistura de pop, reggaeton, bachata e afrobeats, a colombiana deixou claro no palco que é graças a ela que hoje existe uma nova geração de artistas de língua espanhola, como Bad Bunny, Rosalía, Karol G ou até mesmo Anitta. Lá em 2001, com o álbum “Laundry Service”, a garota de Barranquilla abalou o pop, criando um modelo bilíngue que outrora era dominado apenas pelo inglês.

Mas o primeiro show da turnê “Las mujeres ya no lloran” mostrou que o público comprou a história do término, cantando toda a letra da faixa “BZRP Music Sessions #53”, mas não quis ir tão a fundo para saber os pormenores do coração partido de Shakira — e não conheciam a maioria das músicas do novo projeto. Preferiram se ater à discografia da cantora e vibrar nos hits mais icônicos, como “Hips Don’t Lie”, “Whenever, Wherever”, “Waka Waka” (This Time for Africa) e “She Wolf”.”

Shakira faz a próxima apresentação em São Paulo, na quinta (13), no estádio Morumbis.

Veja o setlit abaixo:

  • “La Fuerte”
  • “Girl Like Me”
  • “Las de la Intuición / Estoy Aquí”
  • “Empire/ Inevitable”
  • “Te Felicito/TQG”
  • “Acróstico”
  • “Copa Vacía”/ La Bicicleta”/”La Tortura”
  • “Hips Don’t Lie”
  • “Chantaje”
  • “Monotonía”
  • “Addicted to You”
  • “Loca”
  • “Soltera”
  • “Cómo dónde y cuándo”
  • “Última”
  • “Ojos Así”
  • “Pies Descalzos, Sueños Blancos”
  • “Mama África (Chico César cover)”
  • “Antología”
  • “Poem to a Horse”
  • “Objection” (Tango)
  • “Whenever, Wherever”
  • “Waka Waka” (This Time for Africa)
  • “She Wolf”
  • “BZRP Music Sessions #53 (Bizarrap & Shakira cover)”

Com informações do G1

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