O Governo do Estado vai remover 80 cascos de embarcações abandonadas na Baía de Guanabara. Segundo a Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade, o processo para a retirada dos navios e barcos naufragados levará 36 meses, com um custo de R$ 25 milhões e previsão de destinação do material retirado. A expectativa é que o trabalho comece em julho.
A verba sairá do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), enquanto o trabalho será executado por técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Essa equipe deve ter como base o mapeamento georreferenciado dos resíduos feito pela Capitania dos Portos do Rio.
A expectativa do governo é que os trabalhos de remoção comecem no mês de julho. Uma empresa será licitada para auxiliar o Inea na operação de retirada e descarte das embarcações. O processo será feito por método de demolição.
Antes disso, estão previstos diagnósticos e mapeamentos feitos por uma Comissão Técnica de Acompanhamento e Avaliação (CTAA), com equipes técnicas dos órgãos ambientais estaduais, além da Capitania dos Portos, Ibama, Secretaria de Economia do Mar e prefeitura das cidades do entorno da baía.
Os cascos que serão removidos ficam no Canal de São Lourenço, em Niterói, além de regiões nos municípios de Rio de Janeiro e São Gonçalo, em sua maioria ao redor da Ilha da Conceição.
Com a remoção, o secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Bernado Rossi, acredita que o Rio ganhará ainda mais força empresarialmente falando. “A Baía de Guanabara tem todas as qualidade para se tornar o maior atrativo empresarial nos próximos anos”, destacou.
Outros benefícios esperados são a melhoria na biodiversidade, o aumento da qualidade da água e a redução da poluição no Canal de São Lourenço. O trecho da baía afeta o trabalho de pesca de 5 mil pessoas, direta ou indiretamente.