Reparo em adutora de Rocha Miranda deve ser concluído nesta quarta-feira

Marilene Rodrigues, 79, morreu soterrada após rompimento provocar o desabamento da casa dela

A Águas do Rio deve concluir, até o final desta quarta-feira (27), o reparo na adutora que se rompeu e provocou a morte de uma idosa, em Rocha Miranda, na Zona Norte. O incidente aconteceu na madrugada de terça-feira (26), na Rua das Opalas, e também causou o desabamento de casas e outros prejuízos para os moradores. Segundo o Centro de Operações Rio (COR), a via permanece interditada, na altura da Rua dos Diamantes.

De acordo com a concessionária, o abastecimento de água da Região Metropolitana segue impactado, nesta quarta-feira, pela redução do Sistema de Ribeirão das Lajes que, segundo a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), opera com 73% da capacidade para contenção e reparo da adutora, bem como pela paralisação do Sistema Guandu, em processo de recuperação. A normalização deve ocorrer em até 72 horas após a conclusão do serviço. Confira a área de abragência da adutora ao final.

A Águas do Rio também informou que equipes da Responsabilidade Social estão levantando os danos nas residências e a empresa está oferecendo estadia temporária em hotel, alimentação e transporte para os moradores que tiveram suas casas interditadas. A vistoria da Defesa Civil Municipal interditou totalmente duas casas e parcialmente outras duas. Técnicos do órgão avaliaram que a força da água causou o desabamento total de uma das residências, afetou a estrutura de outro imóvel, além de duas garagens.

A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio (Agenersa) abriu um processo regulatório para apurar as causas do acidente e as responsabilidades da concessionária. O caso também é investigado pela 40ª DP (Honório Gurgel). Além disso, a Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (Sedcon) e a Autarquia de Proteção e Defesa do Consumidor do Rio (Procon-RJ) notificaram a Águas do Rio por falha na prestação do serviço. A concessionária tem 15 dias para apresentar defesa, sob pena de multa que pode chegar a mais de R$ 13 milhões.

O rompimento aconteceu na madrugada de ontem e os bombeiros foram acionado para o local, às 3h30, onde encontraram o corpo de Marilene Rodrigues, de 79 anos, sob os escombros. A idosa estava dormindo quando a casa onde morava desabou. A vítima deixa cinco filhos e será sepultada às 16h desta quarta-feira, no Cemitério de Irajá. No imóvel, os militares ainda resgataram com vida uma mulher e um cachorro. O incidente afetou outras residências, veículos chegaram a ser arrastados pela água e uma cratera se abriu no local.

A empresa informou que, no momento do rompimento, passavam 511 litros de água por segundo naquele trecho. A adutora é de concreto e tem diâmetro de 1,75 metros. Segundo relatos de moradores nas redes sociais, no último domingo (24), outro rompimento já havia ocorrido em Rocha Miranda, dessa vez na Rua Fausto Cardoso. 

Serviço

Área de abrangência da adutora

Rio de Janeiro: Glória, Catete, Flamengo, Laranjeiras (partes), Centro, Catumbi, Cidade Nova, Estácio e a Zona Norte da cidade, com exceção da Grande Tijuca;

Japeri: Cidade Jardim Marajoara, Cidade Sr. Do Bonfim, Citrópolis, Eldorado, Marajoara, Morro Citrópolis, Parque Guandu, Parque Mucaja, Parque Santos, Santa Terezinha, Belo Horizonte, Centro, Engenheiro Pedreira, Eucaliptos, Jardim Primavera, Jardim São João, Nova Belém, São Jorge, Transmontana e Vila Central;

Nova Iguaçu: Jardim Guandu, Prados Verdes e KM-32;

Queimados: Distrito Industrial, Jardim Campo Alegre, Jardim da Fonte, Parque Industrial, Parque Olimpo, Piabas, Pinheiro, Parque Ipanema, Eldorado, Fonte Cova, Grande Rio, Jardim São Miguel, Jardim Magnolia, Jardim Santa Rosa, Jardim Vista Alegre, Parque Valdariosa e Valdariosa.

Com informações do O Dia

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