Quebrar estereótipos, combater o preconceito e incentivar a participação feminina no universo gamer são os principais objetivos do Empoderadas Tech, campeonato de games realizado pelo programa Empoderadas, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, que acontece este sábado (26/10), na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
No cenário dos games, a presença feminina ainda é frequentemente desafiada por um ambiente muitas vezes hostil e machista. Para promover a inclusão e elevar a representatividade feminina nesse ambiente, o programa Empoderadas, voltado à prevenção e ao combate da violência de gênero, está à frente do evento, que é aberto a todas as mulheres.
Erica Paes, fundadora do programa e superintendente de Empoderamento e Equidade de Gênero do Estado, explica que criar um ambiente onde todos os jogadores possam interagir de maneira respeitosa e colaborativa é um dos principais objetivos da organização. Ela deixa claro que, embora o foco principal seja formar equipes femininas, homens também podem participar.
“A prioridade do campeonato é a participação das mulheres, mas isso não exclui os homens. Com isso, também será permitida a formação de equipes mistas”, explicou Erica.
Os times poderão ser formados por até cinco integrantes. Quem quiser participar pode se inscrever pelo link https://programaempoderadas.rio.br/empoderadas-tech/ ou ir até o local do evento, antes do início das partidas. A primeira delas está marcada para começar às 13h.
Ambiente ainda hostil para mulheres
Amante do universo dos games, a psicóloga e jogadora Caroline Aranha, acredita que o ambiente gamer é muito preconceituoso e, por isso, prefere não revelar sua identidade.
“Quando estou jogando, eu mudo meu codinome para não ser identificada como uma mulher. Alguns tipos de jogos online exigem muita comunicação em grupo para criação de estratégias. Opto por deixar meu microfone fechado e ter algum prejuízo no jogo do que permitir que os outros competidores saibam que sou mulher. É comum se ouvir frases como: ‘vai lavar uma roupa’, ‘volta pra cozinha’ e ‘deve estar caçando homem'”, explicou Caroline.
Por casos como esse ainda acontecerem, Erica Paes destacou a importância da representatividade e do fortalecimento da voz feminina neste ambiente.
“Meninas e mulheres podem e devem quebrar esse padrão preconceituoso existente no universo dos games. Por isso, o acesso à informação é tão importante. Elas precisam saber que têm direitos também no ambiente virtual, além de como e onde denunciar um episódio de preconceito”, explicou a especialista.
Luta por um ambiente inclusivo
O campeonato promete ser um passo importante na luta por um universo gamer mais inclusivo e respeitoso, onde todas as vozes possam ser ouvidas e valorizadas.
Com a iniciativa, o Empoderadas espera não apenas proporcionar um espaço seguro e acolhedor para jogadoras, mas também fomentar um diálogo construtivo sobre a cultura dos jogos, estimulando a empatia e a solidariedade entre todos os participantes.
Confira a premiação:
FREE FIRE* 1° Lugar: R$ 5.000,00* 2° Lugar: R$ 3.000,00* 3° Lugar: R$ 1.000,00
LOL (League of Legends)* 1° Lugar: Console Nintendo Switch* 2° Lugar: Headset Gamer Alienware* 3° Lugar: Crédito em jogo no valor de R$ 300,00
Serviço: campeonato Empoderadas Tech* Data: 26 de outubro* Horário: 13h* Local: Capela Ecumênica da UERJ – R. São Francisco Xavier, 524