Nova Iguaçu: subida de Dudu Reina na pesquisa do IPEC revela que candidatura é forte

Dudu Reina e sua Vice, D.ra Roberta Teixeira, pedem votos aos eleitores do Rancho Novo. Foto: Redes sociais.

*Paulo Cezar Pereira

Ao longo de quase 50 anos de trabalho como jornalista profissional, aprendi muito com as pesquisas eleitorais, as verdadeiras e as mentirosas. Estou me referindo, evidentemente, às pesquisas feitas por institutos que usam métodos comprovadamente científicos, não aquelas que os candidatos ou grupos de interesse fazem pela internet para lhes colocar sempre em primeiro lugar na enquete sem a estratificação social da cidade.

Pesquisas sérias podem até não acertar os números finais de uma eleição disputada por dois ou mais candidatos , mas aceitamos números que não nos agradam dentro de uma margem de erro que, registrada na justiça eleitoral, atesta transparência e seriedade dos institutos quando são divulgados os números apurados.

Por ter trabalhado como Repórter Especial do Globo e Assessor em 12 campanhas, a partir dos anos 70 do século passado, analiso pesquisas de intenção de voto com a frieza dos números, o termômetro das ruas e as ações das campanhas que ajudam a construir os números finais. No caso de Nova Iguaçu, ficou evidente, portanto, que candidatos com potencial de crescimento precisavam esperar o eleitor se desligar dos Jogos Olímpicos de Paris para conquistarem simpatia e promessa de votos nas eleições de 6 de outubro próximo. O jogo, agora, é outro. As bandeiras estão nas ruas e as carreatas com os candidatos estão atravessando os bairros da periferia.

Quem é profissional sabe, por exemplo, que candidaturas de prefeitos bem avaliados pela população, como é o caso de Eduardo Paes no Rio, aparecem liderando as pesquisas de intenção de voto. Se não errarem na definição da estratégia para manter a dianteira, candidatos como Paes estarão com a mão na taça em setembro próximo, início da reta final da campanha.

Erros de Jacaré e acertos de Dudu Reina

Portanto, a subida do candidato Dudu Reina para 33 %  na segunda pesquisa, registrada no TSE,  de intenção de voto ( na primeira, do Quaest, ele tinha 13% , atrás de Jacaré e de Tuninho da Padaria, empatados tecnicamente com 18%)  feita pelo IPEC ( ex-Ibope) é resultado da ocupação de espaços com 240 candidatos à Câmara de Vereadores pedindo votos para o candidato do PP e mais dez partidos em todos os cantos do município, de um jingle de campanha fácil de ser cantarolado, e da participação direta de deputados federais e estaduais bem votados, uma costura feita por Dr. Luizinho, Líder do Progressistas na Câmara dos Deputados, e pelo prefeito Rogério Lisboa, principal patrono de Dudu Reina.

Além dos deputados  Dr. Luizinho, Juninho do Pneu, Rosângela Gomes, Felipinho Ravis , Anderson Moraes, Dr. Deodalto e Carlinhos BNH, Dudu é o candidato do governador Cláudio Castro, do ex-presidente Jair Bolsonaro, de 240 candidatos à Câmara de Vereadores e do empresariado de Nova Iguaçu. Tudo isso sem falar no apoio da máquina da Prefeitura e dos 11 vereadores da cidade. Adicione a esta receita de sucesso o comando firme do prefeito Rogério Lisboa, cuja administração é bem avaliada pelos entrevistados.  

A queda de Clébio Jacaré ( União Brasil ) nas intenções de votos da pesquisa do IPEC é consequência da disseminação da informação, transparente, que o coloca no pódio dos candidatos a prefeito das cidades da Baixada mais ricos. Jacaré, citado numa investigação de crime organizado em Itatiaia, declarou possuir cerca de R$ 50 milhões distribuídos em empresas de sua propriedade. Temendo ser preso ao longo do processo eleitoral, ele caiu numa armadilha ao permitir que seus advogados requeressem à Justiça um Habeas Corpus preventivo. Foi o suficente para derrubá-lo nas pesquisas.

Propostas

O que os eleitores esperam, agora, quando os candidatos começaram hoje ( 30) a falar no horário eleitoral nas rádios e televisões (a campanha de Nova Iguaçu é transmitida pela Tv Bandeirantes) são respostas objetivas para questões fundamentais: saúde pública, educação, segurança, infraestrutura, emprego, habitação, meio ambiente, esporte e lazer e, claro, cultura para todos.

Em tempo: as enchentes provocadas pelas tempestades de verão precisam ser enfrentadas rapidamente. Dinheiro não vai faltar. Nova Iguaçu terá R$ 2,5 bilhões no cofre da Prefeitura em 2025

*Paulo Cezar Pereira, Jornalista, é Editor Chefe do Nova Iguassu Online.

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