PDT é excluído da aliança com o PL em Nova Iguaçu por decisão de Bolsonaro e fica dividido

Aluísio, qaue lançou sua mulher Sheila Gama a Vereadora, está de olho na crise do PDT na cidade. Foto: Paulo Cezar Pereira.

Jorginho Guaraná, presidente do diretório do PDT em Nova Iguaçu, teve que se virar nos minutos finais do prazo para fechar a ata da convenção de seu partido com alguma aliança de última hora. Tudo porque o deputado federal Hélio Lopes, conhecido como Hélio Negão, do PL, exigiu a retirada do PDT da coligação que reúne 10 partidos em torno da candidatura do vereador Dudu Reina (PP) a prefeito da cidade. O deputado, que dizia falar em nome de Jair Bolsonaro numa conversa dura com o prefeito Rogério Lisboa, do PP, foi objetivo: ou sai o PDT – que participa do governo Lula _ ou saímos nós.

Guaraná só soube que o PDT foi retirado da coligação no último dia 5, ou seja, no dia seguinte à convenção de seu partido aprovar a aliança com as legendas que integram a aliança que já está nas ruas pedindo votos para Dudu. E o que é pior: a ata de exclusão do PDT da aliança montada por Rogério (PP) estava datada de 31 de julho.

Foi aí que entrou em campo, no apagar das luzes, Carlos Lupi, ministro da Previdência Social e chefão do PDT nacional. Lupi falou com Gleisi Hofman, presidente do PT de Lula, e encaixou o Partido Democrático Trabalhista na coligação do PT, cujo candidato a prefeito é o ex-vereador Tuninho da Padaria. Na reunião com 24 candidatos de seu partido à Câmara de Nova Iguaçu, Lupi apurou, na semana passada, que 14 deles decidiram se juntar ao PT e 10 ao candidato de Rogério Lisboa.

_O voto é livre para cada um dos candidatos – observa Jorginho Guaraná, funcionário da Alerj lotado no gabinete do deputado estadual Dr. Deodalto, atual secretário estadual de Agricultura e Pesca.

Romaria de candidatos na porta de Aluísio Gama

O ex-prefeito Aluísio Gama, candidato do PSB à prefeitura de Nova Iguaçu, acompanha de perto a movimentação dos candidatos do PDT em Nova Iguaçu, legenda que comandou até ser nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). O anúncio da distribuição de carros com gasolina para a campanha dos candidatos a vereadores do PSB transformou a porta do prédio onde mora Aluísio Gama numa verdadeira romaria. Isso porque os candidatos a vereadores de outros partidos, insatisfeitos com seus cabeças de chapa, também estão procurando Aluísio para abastecer seus veículos.

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