A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o Projeto de Resolução 763/24, que homenageia a ginasta Rebeca Andrade com a Medalha Tiradentes. Com quatro medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e duas na edição de Tóquio, a atleta se consagrou como a maior medalhista olímpica do Brasil.
Para o autor da proposta, deputado estadual Professor Josemar (PSOL), o tributo se deve não só pelas contribuições de Rebeca ao esporte nacional como também por exercer um importante papel na luta antirracista como uma porta-voz da igualdade, diversidade e justiça social.
“Ela emergiu como uma verdadeira inspiração não apenas pelos seus recordes e conquistas, mas também por sua jornada pessoal, marcada por desafios e obstáculos que ela superou com graciosidade e firmeza. Como mulher negra em um esporte historicamente dominado por atletas de outras origens étnicas, Rebeca não apenas quebrou barreiras, mas redefiniu os limites do que é possível alcançar”, declarou o deputado em nota.
O tributo é a maior homenagem entregue pelo parlamento fluminense, destinada às pessoas e entidades que tenham realizado contribuições relevantes para o estado do Rio de Janeiro. Entre as personalidades que já foram condecoradas, estão Marielle Franco, Muniz Sodré e Paulo Freire.
Do projeto social ao estrelato mundial
Aos 25 anos, Rebeca Andrade alcançou o posto de maior atleta olímpica do Brasil, superando os cinco pódios dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael.
Sua trajetória esportista teve início em 2005, quando tinha seis anos de idade. Na época, a jovem começou a treinar no Ginásio Bonifácio Cardoso em um projeto de iniciativa da prefeitura de Guarulhos, na grande São Paulo.
Em Paris, na sua segunda participação olímpica, a ginasta ganhou o ouro na disputa de salto individual, duas medalhas de prata, no salto e no individual geral, e um bronze na apresentação por equipes.
Além dos resultados obtidos na última edição dos Jogos Olímpicos, Rebeca já havia conquistado uma prata no individual geral na olimpíadas de Tóquio, em 2020, onde se consagrou como a primeira mulher brasileira subir ao pódio na modalidade. De 2021 a 2023, a ginasta conquistou três ouros, quatro pratas e duas bronzes em Campeonatos Mundiais.
No pódio parisiense, Rebeca foi reverenciada por Simone Biles, considerada uma das melhores ginastas de todos os tempos.