O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos, irá ao Rio de Janeiro nesta semana onde, a partir de terça-feira, irá apurar o crescimento de células neonazistas no país.
As atividades serão realizadas entre os dias 25 e 28 de junho e envolvem audiências para ouvir relatos de vítimas, autoridades e especialistas em Niterói e no Rio de Janeiro. O grupo já realizou uma primeira missão em Santa Catarina, em abril deste ano. Depois do Rio de Janeiro, o grupo deve ir ao Paraná e São Paulo.
O objetivo do comitê é produzir até agosto um relatório, que deve pautar a adoção de políticas públicas e ser entregue à Organização das Nações Unidas (ONU).
Em seu último informe, publicado em 31 de maio, a relatoria especial da ONU sobre o tema de neonazismo citou o trabalho do colegiado, dizendo que ele deu “informações preocupantes sobre o aumento do discurso de ódio e manifestantes neonazistas nos últimos anos”.
O conselho destacou um levantamento feito pelo Centro Nacional de Crimes Cibernéticos, canal mantido pela ONG Safer Net em parceria com o Ministério Público Federal, que informou ter recebido mais de 14.400 denúncias relacionadas com movimentos neonazistas no país em 2021.
O CNDH é mantido com recursos do Ministério dos Direitos Humanos e é constituído por conselheiros do poder público e da sociedade civil. O relatório sobre as células neonazistas está sendo feito pelos advogados Carlos Nicodemos, do Movimento Nacional de Direitos Humandos, e Helio Leitão, da OAB.
Com informações do GLOBO.