Justiça anula investigação e encerra ação contra assessor de deputado estadual do Rio

Decisão dos desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio foi unânime

Por decisão unânime, os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio decidiram ontem, ao analisarem um habeas corpus do advogado Ricardo Braga, anular toda a investigação e trancar a ação contra o advogado Rui Tomé de Souza Aguiar, assessor parlamentar do deputado estadual Andrezinho Ceciliano (PT), e outros 13 réus, dentre eles o ex-prefeito de Carmo, no Noroeste do estado, Paulo César Gonçalves Ladeira.

Todos respondiam a um processo aberto para investigar a compra de respiradores durante a pandemia de Covid-19. No entendimento dos magistrados, a ação não poderia ter sido desencadeada pelos promotores do Gaeco, sem a observância de que cabe apenas ao procurador-geral de Justiça, por prerrogativa, abrir investigação contra prefeitos.

No despacho, o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, relator do caso, determina ainda o descarte de todas as provas produzidas pelo Ministério Público estadual e pela Polícia Civil. Para o advogado Ricardo Braga, a decisão unânime traz Justiça ao caso:

“É importante um resultado desses, sobretudo com todos os desembargadores tomando a mesma posição favorável ao nosso pleito. Desde o início, essa investigação esteve revestida de ilegalidades e atitudes tendenciosas por parte do Ministério Público e da polícia. Sempre confiamos que a Justiça jogaria luz sobre como tudo se desenrolou”.

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