Alta potência, precisão e usado apenas por snipers: esses são atributos dos fuzis calibre .338 Lapua Magnum, um dos itens desejados pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope). De acordo com documentos assinados pelo comandante da unidade, Aristheu de Góes Lopes, a tropa de elite oficializa a demanda ao Comando de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio por 20 desses armamentos — que já foram usados até na Guerra do Afeganistão.
O modelo é empregado também para proteger autoridades em eventos externos. Segundo o comandante escreve no documento, as unidades deverão reequipar o Grupo de Atiradores de Precisão do Bope, uma vez que “o material bélico atual não tem atendido adequadamente às demandas de confronto que visam inibir a ação dos criminosos, bem como garantir a segurança externa de autoridades.”
Também foram solicitadas 50 submetralhadoras silenciadas de calibre 9mm, para serem adotadas pela Unidade de Intervenção Tática (UIT). A divisão atua em retomadas de pontos sensíveis, resgates de reféns e entradas táticas em ambientes que requerem intervenção cirúrgica, precisa e sigilosa. A arma é descrita como leve e fácil de manusear, precisa e de disparo rápido.
Para fazer operações mais discretas, reduzindo a detecção sonora e visual, foi solicitada a compra de 40 fuzis semiautomáticos de calibre .308 Winchester com bipé e silenciador. Segundo o documento, o modelo dá estabilidade, sigilo e precisão em longa distância em missões de infiltração e exfiltração, onde surpresa e ocultação são fundamentais. Entre os armamentos, há ainda o pedido por 150 fuzis, modelo 7,62 x 51 mm.
Em nota, a Polícia Militar explica que as formalizações de demandas têm “cunho institucional”, norteando procedimentos licitatórios de investimentos e aquisições futuras. “Nesse cenário, os comandantes possuem como atribuição avaliar constantemente as necessidades de suas unidades e pontuar possíveis aquisições, déficits, substituições e realinhamentos, fundamentando assim as necessidades mencionadas nas demandas, sempre visando a melhoria dos serviços prestados”, informa a corporação. A PM ressalta ainda que “não há déficit de armamento, fardamento, viaturas e nenhum aparato logístico para a atuação das equipes” do Bope atualmente.
Com informações do GLOBO.