Andrezinho Ceciliano discute políticas públicas com mulheres no cinema lotado de Paracambi

Fotos Devanir Tofano
Andrezinho salientou que a participação dos cidadãos é fundamental para construir uma gestão comprometida, solidária, efetiva e de maior justiça social para as mulheres, reafirmando sua vontade de “resgatar projetos que já vimos dar certo uma vez na cidade”. 

As 274 poltronas do Cinema Imperial, em Paracambi, foram poucas para receber as cerca de 300 pessoas, majoritariamente do sexo feminino, que foram assistir ao debate sobre políticas públicas para mulheres, promovido pelo Programa de Governo Participativo (PGP) do deputado Andrezinho Ceciliano, pré-candidato a prefeito da cidade. O encontro, ocorrido nesta quinta-feira (16) a partir das 20h, lotou o espaço e muitos dos presentes fizeram questão de acompanhar a discussão de pé até às 22h.

No encontro, Andrezinho agradeceu às mulheres presentes ao considerar sua importância não apenas na esfera política, mas também nas engrenagens do mundo: “a primeira casa de todos os homens foi o útero de uma mulher”, disse o deputado estadual, ao lado do pré-candidato a vice-prefeito Romero Marques. 

Ansiando fazer a diferença na cidade com o PGP, Andrezinho propôs amplificar o tópico de políticas para mulheres para construir um plano de governo colaborativo e que converse com as necessidades da cidade “a partir de plenárias nos bairros, com os moradores, e reuniões temáticas que possibilitem atender aos interesses do município”.

No palco, também estavam a pedagoga Adriana Valle Mota, a geógrafa Fabiana Santos, a secretária de Meio Ambiente e clima da cidade do Rio, Eliane Cacique, e a arquiteta e urbanista Tainá de Paula, vereadora da capital. 

Partido da Esperança

Para construir uma Paracambi do futuro, o passado deve ser revisitado e compreendido, segundo Adriana, feminista, mãe e coordenadora nacional da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB).

Ela contou que, nas décadas em que as mulheres viviam sob a tutela de um homem – quando não o pai, o marido -, elas eram vetadas do direitos ao estudo, trabalho e liberdade e desamparadas pela legislação. “Elas foram rebeldes para conseguirem votar e terem o direito de serem votadas”, orgulhou-se.

Assim como defendido pelo pré-candidato à prefeitura de Paracambi, Adriana trouxe a importância de eleger mais vereadoras para ocuparem cargos que antes eram proibidos. Por outro lado, ela explicou também que “às vezes, é necessário e mais importante votar em homens do que em mulheres que não somam ao projeto de articulação coletiva”, acrescentando que “uma mulher votar em um homem não é demérito”. 

Mulheres são maioria em Paracambi 

A integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim-RJ) Fabiana Santos chamou atenção para o último censo do IBGE, no qual foi apontado que 58% dos 42 mil moradores de Paracambi são mulheres.

“Então, que seja uma Paracambi para as mulheres, para nossos filhos, para nossos pais e para nós. Temos o direito de viver em segurança e ter acesso àquilo que está previsto na Constituição”, defendeu.

Em conclusão, a especialista explicou que é fundamental discutir políticas para mulheres pensando no acesso aos direitos básicos, pois “quando cuidamos da mulher, cuidamos da famílias, dos filhos, dos pais, dos avós, da família inteira”. 

A grande roda de conversa acerca do PGP rendeu a participação ilustre de Tainá de Paula, ex-secretária de Meio Ambiente e Clima da cidade do Rio, que foi aplaudida quando integrou o painel. Ela provocou os presentes, em especial as mulheres, para que reconhecessem as necessidades da cidade, a fim de construir essa política participativa apresentada por Andrezinho.

Tainá também convocou as mulheres presentes a inovarem: “É importante fazer encontros de mulheres, cultos das varoas… Precisamos inventar. Precisamos usar os instrumentos que nós temos para nos comunicarmos melhor. Aqui tem cristã, tem varoa, tem amém, tem axé, cabe todo mundo. É um partido da esperança”, disse. 

Andrezinho salientou que a participação dos cidadãos é fundamental para construir uma gestão comprometida, solidária, efetiva e de maior justiça social para as mulheres, reafirmando sua vontade de “resgatar projetos que já vimos dar certo uma vez na cidade”. 

Redução dos índices de violência 

Um exemplo de política pública para mulheres que reduziu os índices de violência doméstica que cresciam em Paracambi foi trazido pela policial municipal Aline Pereira.Ela explicou que, no final do mandato de prefeito de André Ceciliano, o governo se comprometeu a contratar dez mulheres concursadas como guardas municipais, entre elas Aline, um ícone da polícia na cidade.

Com pleito aberto, a coragem subiu ao palco junto com mulheres vítimas de violência doméstica e seus relatos emocionaram os paracambienses presentes. As histórias deixam explícito a necessidade da redução da desigualdade de gênero e das conversas pertinentes às políticas para mulheres.

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