Secretaria suspende licitação de R$ 137 milhões lançada na gestão ligada a Chiquinho Brazão

Reunião da Prefeitura no Morro da Providência - Beth Santos - Prefeitura do Rio

A nova gestão da Secretaria de Ação Comunitária da Prefeitura do Rio suspendeu a licitação de R$ 137,1 milhões que escolheria uma organização social para implantar 200 Núcleos de Atendimento Comunitário. O certame foi marcado inicialmente para esta sexta-feira (05), mas o adiamento “sine die”, ou seja, sem data futura, foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (04).

O chamamento público havia sido lançado na gestão de Ricardo Abrão — deputado federal que foi nomeado secretário em substituição a Chiquinho Brazão, que esteve à frente da pasta entre 3 de outubro de 2023 e 31 de janeiro deste ano.

A suspensão da licitação, que era um dos programas mais importantes da pasta, ocorre 11 dias depois de Chiquinho Brazão ter sido preso como um dos suspeitos de mandar matar a ex-vereadora Marielle Franco. Já Ricardo Abrão foi exonerado na terça-feira, 26 de março, dois dias após a operação da Polícia Federal prender Chiquinho, o irmão Domingos e o delegado Rivaldo Barbosa como suspeitos de participação no crime.

Pasta com mais licitações

Antes da prisão dos Brazão, a prefeitura havia lançado outro chamamento público pela Secretaria de Ação Comunitária para escolher a empresa responsável pela instalação e manutenção de áreas de lazer na cidade. O valor estimado era de R$ 202 milhões. O resultado do certame foi publicado em 22 de março, e a vencedora com o menor lance de R$ 171 milhões foi a Nolasco Construções Reformas e Instalações.

Tanto o programa de Núcleos Comunitários quanto o reforço orçamentário na pasta eram alvo de críticas constantes de vereadores, entre eles Pedro Duarte (Novo), que há tempos acusava o prefeito Eduardo Paes (PSD) de lotear a Ação Comunitária e outras secretarias para grupos políticos na administração pública municipal.

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