Com novo pedido de vista, julgamento que pode cassar mandato de Sérgio Moro é interrompido com placar de 1 x 1

Desembargadora quer mais tempo para análise; nova sessão deverá ocorrer na próxima segunda-feira (8)

A desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, que seria a terceira magistrada a votar, pediu vista (mais tempo para análise) e interrompeu o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que poderá levar à cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR). O placar até o momento é de 1 x 1. O julgamento deverá ser reiniciado na próxima segunda-feira (8).

Nesta quarta-feira (3), o juiz José Rodrigo Sade, indicado pelo presidente Lula, foi favorável à cassação do mandato, discordando assim do primeiro voto que havia sido proferido pelo desembargador Luciano Carrasco Falavinha. No primeiro dia do julgamento, Falavinha foi contra o pedido, por abuso de poder econômico de Moro na disputa eleitoral, que consta da ação movida por Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Liberal (PL).

Único a votar nesta quarta,  Sade entendeu que houve abuso e votou a favor da cassação da chapa de Moro, além de defender sua inelegibilidade e ainda do primeiro suplente, Luis Felipe Cunha (União Brasil).

Sade rebateu diferentes argumentos centrais do voto de Falavinha. Ele disse, por exemplo, que não é preciso comprovar a intenção de Moro de, desde o início, concorrer ao Senado, como argumentou o relator para afastar as teses do PT e PL. “A pré-campanha acabou o beneficiando e por isso não é preciso saber qual a intenção de Moro”, disse.

Segundo o relator, sem esse requisito, não seria possível somar as despesas das pré-campanhas aos diferentes postos. Nas ações, PT e PL listam gastos de pré-campanha de Moro desde novembro de 2021, quando ele se filiou ao Podemos e pretendia concorrer à Presidência.

Com informações da Folha de S.Paulo

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