Diariamente o SAMU RJ trava uma luta contra o tempo para prestar atendimentos de urgência em toda capital. Um dos desafios da equipe é lidar com a falsa comunicação de demandas. No ano passado, a Central 192 recebeu 673 mil ligações e quase 40 mil deste total foram identificadas como trotes, prática que causa prejuízos incalculáveis às ocorrências reais, atrasando ou impossibilitando o atendimento de quem está em situação de emergência. De janeiro a março deste ano, foram registradas 10.693 ligações falsas.
“Quando empenhamos recursos em um evento que não existe, ou seja, é um trote, o cidadão que realmente necessita pode ficar sem atendimento ou ter o seu socorro em um tempo maior do que deveria ser. Em casos graves pode levar à morte, pois o menor tempo de resposta no atendimento é fundamental”, disse o coordenador geral do SAMU-RJ, Luciano Sarmento.
O perfil dos “trotes” passa por palavras obscenas, ocorrências com crianças, além de falsos pedidos de socorro. Os treinamentos ajudam na identificação da falsa ligação, evitando o acionamento das equipes nas ruas, além disso, as equipes trabalham na conscientização da população.
“O SAMU da capital vem realizando treinamentos nas escolas públicas de modo a educar as crianças e adolescentes e conscientizá-las sobre a importância do atendimento e o quanto o trote pode prejudicar a nossa rotina”, afirmou Sarmento.
Quase 200 mil atendimentos em 2023
No ano passado, o SAMU-RJ registrou mais de 194 mil atendimentos. Todos os eventos são regulados por 11 médicos que ficam 24 horas disponíveis na central de regulação. Atualmente, o SAMU-RJ tem uma frota de 70 ambulâncias e 30 motolâncias. Somente nos três primeiros meses do ano foram registrados mais de 50 mil atendimentos.