VATICANO, 31 MAR (ANSA) – O papa Francisco voltou a revelar preocupação com os conflitos do mundo e a pedir paz para os países em guerra, como Ucrânia e Israel, durante a bênção Urbi et Orbi (“À cidade e ao mundo”) realizada neste domingo (31) no Vaticano após a missa de Páscoa.
“O meu pensamento dirige-se sobretudo às vítimas dos numerosos conflitos que estão em andamento no mundo, começando pelos de Israel e da Palestina, e da Ucrânia”, destacou ele, saudando as populações da “Cidade Santa de Jerusalém, testemunha do mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus, e todas as comunidades cristãs da Terra Santa”.
O Pontífice pediu “que Cristo Ressuscitado abra um caminho de paz às populações atormentadas destas regiões”.
Perante mais de 60 mil fiéis presentes na Praça São Pedro, o argentino defendeu ainda um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e a troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia.
“Faço novamente um apelo para que seja garantido o acesso da ajuda humanitária a Gaza e insisto, uma vez mais, na pronta libertação dos reféns sequestrados em 7 de outubro e em um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza”, apelou Francisco, da varanda central da Basílica de São Pedro.
“Paz nunca se constrói com armas”: os pedidos ao mundo do Papa Francisco no domingo de Páscoa
Em sua mensagem pascal, Jorge Bergoglio lembrou do sofrimento enfrentado pelas crianças afetadas pelos conflitos que atingem o mundo.
“Não permitamos que as hostilidades em andamento continuem a afetar seriamente a população civil, já exausta, especialmente as crianças. Quanto sofrimento vemos nos olhos das crianças, esqueceram-se de sorrir, essas crianças nas terras de guerra.
Com o seu olhar perguntam-nos: por quê? Por que tanta morte? Por que tanta destruição?”, declarou.
Segundo o líder da Igreja Católica, “a guerra é sempre um absurdo e uma derrota. Não deixemos que ventos de guerra cada vez mais fortes soprem sobre a Europa e o Mediterrâneo”.
“Não cedam à lógica das armas e do rearmamento. A paz nunca se constrói com armas, mas estendendo as mãos e abrindo os corações”, afirmou.
Além disso, pediu um “caminho de paz” para as populações atingidas pela guerra na Ucrânia, apelando para que “sejam respeitados os princípios do direito internacional”.