A epidemia de dengue foi declarada encerrada na cidade do Rio, conforme anúncio feito pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, nesta sexta-feira (29). A mudança no cenário municipal é resultado da diminuição no número de casos da doença. Agora, a principal preocupação da pasta é com a influenza. O calendário de vacinação contra a gripe teve início no último dia 21, com foco nos grupos prioritários.
“Houve uma considerável redução no número de casos de dengue. Felizmente, podemos afirmar que encerramos o período de emergência epidêmica por dengue na cidade, graças ao esforço de todos os cariocas, que contribuíram para eliminar os focos do mosquito. Assim, podemos declarar oficialmente o fim da epidemia na cidade. Registramos sete óbitos e quase 100 mil casos de dengue. Agora, direcionamos nossa atenção para o combate à influenza, que se torna a nova prioridade no panorama epidemiológico”, afirmou Daniel Soranz em entrevista ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo.
De acordo com o secretário, até o momento, 100 mil crianças e jovens receberam a primeira dose da vacina contra a dengue. A cidade do Rio segue o calendário do Ministério da Saúde, vacinando os moradores com idades entre 10 e 14 anos. A meta é imunizar 140 mil cariocas. Soranz destacou que ainda há tempo para garantir a vacina:
“Os locais de vacinação que não têm mais demanda para a dengue começarão a ser substituídos gradualmente por pontos de vacinação contra a influenza. Iniciamos a maior campanha do calendário vacinal, que é a vacinação contra a gripe. Na próxima semana será a última oportunidade para as crianças de 10 a 14 anos receberem a primeira dose da vacina contra a dengue. Em seguida, toda a equipe da secretaria se concentrará na vacinação contra a influenza”, disse Soranz.
Apesar da cidade não estar mais em estado epidêmico de dengue, ainda é essencial manter os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença. Ações simples no dia a dia, como eliminar recipientes que acumulem água e manter os ambientes limpos e secos, são fundamentais para prevenir a disseminação da doença.
“Esta epidemia teve uma taxa de letalidade relativamente baixa. Registramos sete óbitos para cada 100 mil casos. Agradecemos à população e aos profissionais de saúde pelo empenho em evitar mortes e conter o aumento dos casos”.
A vacinação contra a influenza, conhecida como gripe, é anual e aplicada em dose única, exceto para crianças que serão vacinadas pela primeira vez este ano, as quais receberão duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas. A imunização é fundamental para prevenir complicações, internações e óbitos decorrentes da infecção pelos vírus da gripe, especialmente nos grupos mais vulneráveis.
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Quem deve se vacinar:
- crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);
- trabalhadores da saúde;
- gestantes e puérperas;
- professores da educação
- povos indígenas e quilombolas;
- idosos com 60 anos ou mais de idade;
- profissionais das forças de segurança e salvamento;
- pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
- pessoas com deficiência permanente (PcD)
- pessoas em situação de rua;
- caminhoneiros;
- trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso;
- trabalhadores portuários;
- população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade;
- adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
“A nova vacina da influenza que começou a ser aplicada protege para quatro tipos, a influenza A, a influenza B, a H1NI e a H1N2. Então é muito importante que todas as gestantes, todas as pessoas acima de 60 anos, pessoas com comorbidade, profissionais de saúde, de educação, profissionais das forças de segurança procurem uma unidade de saúde para se vacinar”, disse Soranz.
No site da Prefeitura do Rio é possível consultar endereços e horário de funcionamento de postos e clínicas da família que oferecem a vacina contra a gripe.
Com informações de O Globo.