Um grupo suspeito de vender carros clonados e roubados na internet é alvo de uma operação, nesta terça-feira, no Rio de Janeiro. A estimativa é de que a organização tenha lucrado R$ 1 milhão om o golpe. A ação é do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e a Polícia Civil, pela Delegacia de Roubo e Frutos de Automóveis (DRFA). O objetivo é cumprir cinco mandados de busca e apreensão.
Os mandados, expedidos pelo Juízo da 29ª Vara Criminal, são resultado de uma investigação sobre uma associação criminosa que se dedica à prática de crimes envolvendo veículos, incluindo roubo, furto, adulteração de sinais identificadores, falsidades documentais e estelionatos. A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos investigados. Os mandados estão sendo cumpridos em São Gonçalo, na Região Metropolitana; em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; em Vargem Grande, na Zona Oeste da capital; e em Petrópolis, na Região Serrana.
Quatro pessoas foram presas em flagrante durante a operação nem Vargem Grande, no Recreio, também na Zona Oeste, e em Duque de Caxias. Em Vargem Grande, preso foi um homem que estava com um veículo roubado e com placa adulterada. O preso responderá por receptação e adulteração de sinal.
De acordo com o Gaeco, os investigados agiam sempre da mesma forma: atraíam as vítimas por meio de anúncios na internet. Elas, então, entravam em contato com o anunciante para obter informações a respeito da compra e da venda do carro, sem saberem que estavam tratando com criminosos.
Em seguida, eram marcados encontros para que automóveis fossem vistos. Após o negócio ser fechado, ambas as partes seguiam para o cartório. Os bandidos entregavam documentos do veículo, do proprietário, manuais e notas fiscais, todos falsificados. As vítimas faziam pagamentos em dinheiro, por pix, por transferência bancária ou entregando outros automóveis como parte do pagamento.
Em um dos casos, o comprador passou a receber cobranças do dispositivo Sem Parar – tag de passagem rápida para pedágio –, em locais nos quais não trafegava, além de diversas multas atribuídas ao carro, também em locais que não fazem parte do seu itinerário. Durante vistoria realizada no carro, ficou constatado que o veículo adquirido, um Toyota Corolla Cross, era, na verdade, um “clone”.
Equipes da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) dão apoio à operação.